O Acre foi apontado como o estado com maior severidade da seca na Região Norte durante o mês de maio, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (24) pelo Monitor de Secas, plataforma da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A área com seca moderada no estado passou de 18% para 20% entre abril e maio, indicando um agravamento da situação.
Outros estados também enfrentaram altos níveis de severidade no período, como Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Em contrapartida, oito estados apresentaram sinais de abrandamento da seca: Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Tocantins. Já em estados como Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, o cenário permaneceu estável.
O relatório também destacou que o Pará continuou livre do fenômeno e que, no Amapá, a seca deixou de ser observada devido ao volume de chuvas acima da média. Em Rondônia e Roraima, no entanto, a seca voltou a ser registrada em maio.
Apesar de a Região Norte ter apresentado a condição mais branda de seca entre as cinco regiões geopolíticas do país, o Nordeste foi a mais afetada, com 39% do seu território sob seca grave. Houve abrandamento do fenômeno no Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. No Nordeste, porém, a seca se intensificou.
Três unidades da federação registraram seca em 100% de seus territórios no mês passado: Distrito Federal, Piauí e Rio Grande do Sul. Nos demais estados afetados, os índices variaram entre 14% e 98%.
O relatório ressalta que, apesar das cheias registradas na Região Hidrográfica Amazônica, 31,5% da área monitorada apresentou condições de seca em maio. O contraste se deve ao fato de que os rios amazônicos foram alimentados por chuvas em regiões de cabeceira, como o Peru e a Colômbia, enquanto áreas mais baixas enfrentaram escassez de precipitações. Com isso, cidades podem sofrer tanto com inundações quanto com estiagem, dependendo da localização ao longo dos rios.