Um levantamento divulgado pelo Índice de Progresso Social (IPS), desenvolvido pela organização Social Progress Imperative (SPI), apontou as 20 cidades com os piores indicadores de qualidade de vida no Brasil em 2024. Entre elas, duas do Acre se destacam negativamente: Feijó e Santa Rosa do Purus. Feijó aparece na 14ª posição com uma nota de 43,11, enquanto Santa Rosa do Purus ocupa o 20º lugar, com 43,78.
Os dados revelam desafios significativos nas áreas de saúde, saneamento básico e educação, o que afeta diretamente a qualidade de vida dos moradores. O estudo classifica os municípios com base em três categorias principais: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades, dando uma nota de 0 a 100 para cada cidade. Embora a pontuação em necessidades humanas básicas, como nutrição e segurança, seja levemente superior, o acesso aos serviços essenciais ainda é considerado precário.
No topo do ranking das piores cidades está Uiramutã, em Roraima, com a nota mais baixa de todas: 37,63. Roraima também conta com Alto Alegre na 2ª posição (38,38) e Bonfim em 10º lugar (42,27). Já o Pará tem o maior número de cidades entre as piores: Trairão em 3º (38,69), Bannach em 4º (38,89), e Jacareacanga em 5º (38,92), além de outras cinco cidades listadas no ranking.
O estudo também inclui cidades do Amapá, como Oiapoque (12º lugar) e Pracuúba (18º), e do Amazonas, como Pauini (13º). Na região Centro-Oeste, o Mato Grosso aparece com Nova Nazaré (14º) e Gaúcha do Norte (19º), enquanto o Maranhão é representado por São Félix de Balsas (15º).
O IPS, idealizado pelo professor Michael Porter, da Harvard Business School, tem como foco analisar resultados sociais e ambientais sem considerar indicadores econômicos. Esse índice, criado há mais de uma década, utiliza 53 indicadores nacionais para a edição de 2024, com dados provenientes de fontes como DataSus, IBGE e Inep, ajudando na formulação de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida nas cidades mais carentes do país.