Rio Branco promove ação para mulheres indígenas em contexto urbano

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou na manhã desta sexta-feira (5), uma ação voltada à promoção da saúde sexual e reprodutiva de mulheres indígenas que vivem em áreas urbanas da capital. O atendimento aconteceu no Centro Integrado de Esportes para a Comunidade (CIEC), no bairro São Francisco, alcançando cerca de 100 mulheres.

A iniciativa ofertou a inserção do Implanon, método contraceptivo de longa duração, além de testes rápidos e orientações sobre planejamento familiar, ampliando o acesso a políticas públicas de saúde reprodutiva para um público historicamente menos favorecido.

A diretora de Políticas de Saúde da Saúde, Jocelene Soares, explicou que a ampliação da oferta do Implanon faz parte de um esforço contínuo da prefeitura para fortalecer o planejamento reprodutivo no município.

“Estamos ampliando o acesso ao método para mulheres de 14 a 49 anos, e isso contribui diretamente para reduzir a mortalidade materna e infantil, além de prevenir gestações não planejadas. É um cuidado que transforma vidas e garante autonomia às mulheres.”, explicou.

A chefe da Divisão de Populações Indígenas, Angela Oliveira, reforçou a relevância da ação de forma breve.

“É uma oportunidade importante para garantir que essas mulheres tenham acesso a métodos seguros e possam decidir com autonomia sobre seu próprio corpo”, reforçou Oliveira.

A coordenadora da Organização das Mulheres Indígenas do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (Sitoakore), Xiú Shanenawá, ressaltou o impacto da iniciativa entre as comunidades e reforçou que a decisão pertence às mulheres.

“Essa ação tem um valor enorme, principalmente porque não se trata de controle de natalidade. É uma escolha das próprias mulheres, que decidiram pelo método e querem ter autonomia sobre quando engravidar. O acesso costuma ser caro e inacessível, e aqui elas podem decidir com liberdade o que é melhor para suas vidas. A procura tem sido grande, e outros municípios já solicitaram que essa ação seja replicada”, explicou a coordenadora.

Entre as atendidas, Ayanna Oliveira, de 21 anos, falou sobre como o acesso ao método contribui para seu projeto de vida.

“É uma oportunidade importante. Quero cuidar do meu futuro e dos meus filhos e esse atendimento ajuda muito nesse caminho”, salientou a paciente.

A ação integra as estratégias da rede municipal de saúde voltadas para a promoção do cuidado integral, o fortalecimento da autonomia das mulheres e a redução das desigualdades que atingem a população indígena em contexto urbano.

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