Rio Branco, a capital do Acre, celebra neste sábado, 28 de dezembro de 2024, seus 142 anos de fundação. Considerada a cidade mais antiga do estado, junto com Xapuri, sua história está profundamente ligada aos seringais, que deram origem aos primeiros povoados na região durante o Ciclo da Borracha.
Fundada às margens do Rio Acre por Neutel Maia, a cidade teve como marco inicial o Seringal Volta da Empreza. Inspirado pela presença de uma gameleira, o fundador estabeleceu um seringal no que hoje é conhecido como Segundo Distrito e, posteriormente, outro seringal onde está localizado o Primeiro Distrito. Em 1904, após a anexação do Acre ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis, a localidade foi elevada à categoria de Vila Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia brasileira que garantiu a posse do território acreano.
Durante o primeiro Ciclo da Borracha, de 1870 a 1912, Rio Branco e Xapuri foram essenciais para a viabilização do comércio da borracha, tornando-se prósperas e influentes. A relevância estratégica das cidades também foi evidente durante a Guerra do Acre, com Rio Branco sendo palco de importantes combates, como o da Volta da Empreza, que inicialmente favoreceu os bolivianos, mas cujo desfecho, em outubro de 1902, ajudou a definir os rumos da Revolução Acreana.
Penápolis?
O nome da cidade passou por mudanças ao longo dos anos. Em 1909, foi renomeada como Penápolis, em homenagem ao presidente Afonso Pena, mas o nome não se consolidou, retornando a Vila Rio Branco em 1912. No ano seguinte, tornou-se município e, em 1920, foi designada capital do então território do Acre. Em 1962, com a transformação do Acre em estado, consolidou-se como capital.
Atualmente, Rio Branco é o maior centro político, financeiro e cultural do estado, abrigando 364.756 habitantes, conforme o Censo de 2022. Sua área territorial é de 8.834,942 km². A cidade também possui marcos históricos importantes, como o Mercado Velho, inaugurado em 1927, e o Palácio Rio Branco, símbolo do poder político local. Apesar de sua história jovem em comparação a outras capitais brasileiras, Rio Branco segue como referência na construção do legado acreano.