O Rio Acre desafia as expectativas em Rio Branco, atingindo 14,81 metros às 9 horas deste sábado, de acordo com a Defesa Civil Municipal. Esse aumento de 1,33 metro em 24 horas coloca o rio 81 centímetros acima da cota de transbordo, estabelecida em 14 metros.
Na sexta-feira à noite (23), o rio transbordou pela primeira vez, alcançando 14,04 metros às 18 horas. Desde então, o nível da água continua a subir, gerando preocupações entre as autoridades e comunidades locais.
As equipes da Defesa Civil Municipal estão em operação, resgatando e prestando assistência às famílias afetadas pelo aumento do nível da água. Residentes do bairro Sobral já foram evacuados para abrigos na capital. O número total de desabrigados, incluindo aqueles afetados pelas inundações nos igarapés Batista, São Francisco e Dias Martins, ultrapassa 270 pessoas na cidade.
De acordo com o Boletim Alagação do governo do Acre, divulgado no sábado (24), os números em Rio Branco são os seguintes:
● 36 pessoas desalojadas;
● 101 pessoas desabrigadas;
● 137 pessoas atendidas;
● 68 ocorrências atendidas.
Seis abrigos foram estabelecidos para receber aqueles obrigados a deixar suas casas:
● Escola Anice Dib Jatene, no Geraldo Fleming;
● Escola Álvaro Vieira da Rocha, na Conquista;
● Escola Alcimar Nunes Leitão, no Conjunto Universitário;
● Escola João Paulo II, no bairro Sobral;
● Creche Terezinha Kalume, no Conjunto Rui Lino;
● Escola Profª Ilka Maria, no bairro Mocinha Magalhães.
O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, expressou preocupação com as previsões de mais chuvas, o que poderia piorar a situação dos igarapés. As equipes permanecem em alerta, monitorando de perto a evolução da situação.
Para enfrentar a crise, começou a limpeza do Parque de Exposições Wildy Viana, visando à construção de mais abrigos. Está planejada a criação de 100 boxes no local para receber os desabrigados.
Além disso, o governador Gladson Cameli declarou estado de alerta no Acre devido às fortes chuvas e apresentou um plano de contingência contra as enchentes. O decreto é válido de fevereiro a abril e tem como objetivo coordenar esforços para enfrentar a crise humanitária.
O estado está mobilizando recursos e esforços para garantir a segurança e o bem-estar da população afetada. Este é um momento que requer união e solidariedade de todos os setores da sociedade para enfrentar esse desafio iminente.