O dólar atingiu seu menor patamar em mais de um ano, cotado a R$ 5,30, em meio às expectativas de redução das taxas de juros nos Estados Unidos, enquanto a bolsa brasileira superou os 144 mil pontos. A análise é de Victor Irajá no CNN 360°.
A perspectiva de mudança na política monetária americana tem impactado significativamente os mercados globais. Segundo cálculos do CME Group, há 94% de probabilidade de revisão dos juros para o intervalo entre 4% e 4,25%, e 6% de chance para uma redução ainda maior, entre 3,75% e 4% ao ano.
Com juros menos atrativos nos Estados Unidos, mais capital tende a fluir para mercados emergentes como o Brasil, que mantém taxa Selic em 15%. Este diferencial de juros torna o mercado brasileiro particularmente atraente para investidores estrangeiros.
Os indicadores econômicos americanos têm fortalecido as expectativas de corte nos juros. A inflação ao consumidor subiu 0,4% em agosto, acumulando 2,7% em 12 meses, ainda acima da meta de 2%. Além disso, o mercado de trabalho mostrou sinais de enfraquecimento, com criação de apenas 22 mil novas vagas em agosto, muito abaixo das 75 mil esperadas.
No Brasil, apesar da expectativa de manutenção da Selic em 15%, dados recentes de inflação sugerem uma possível reversão na tendência da política monetária. Analistas divergem sobre o início do ciclo de cortes, com alguns prevendo mudanças já em dezembro, enquanto outros apostam em janeiro.