O ditador venezuelano Nicolás Maduro reafirmou sua posição desafiadora em relação à mobilização militar dos EUA no Caribe, afirmando que seu país tem capacidade defensiva para evitar um confronto.
“Que o mundo saiba, que os impérios saibam: a Venezuela hoje, mais do que nunca, tem o que é preciso. É por isso que estamos em paz e continuaremos em paz”, disse Maduro durante uma cerimônia televisionada, na terça-feira (19).
“Carregamos a força de Davi contra Golias”, acrescentou Maduro antes de relatar mais detalhes da história bíblica.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou na terça-feira que os EUA estão preparados para “usar todos os recursos à sua disposição” para conter o “fluxo de drogas para o país e levar os responsáveis à justiça”, após ser questionada sobre o envio de três navios de guerra com 4 mil militares para águas caribenhas.
Maduro afirmou na segunda-feira, referindo-se aos movimentos navais, que “nenhum império tocará o solo sagrado da Venezuela” e mobilizou 4,5 milhões de milicianos por todo o país.
“Em qualquer circunstância, nervos de aço, calma e prudência, e máxima ação popular, militar e policial, o time vence. Nós sempre vencemos”, disse o venezuelano, em um evento onde dobrou o número de “quadrantes da paz” em Caracas, unidades territoriais que recebem atenção policial direcionada.
Ele também explicou que as milícias ativadas colaborarão nos esforços de vigilância.
O presidente também enfatizou que o mar venezuelano “sempre será nosso Mar do Caribe livre e soberano”.
O governo Maduro, rotulado pelos EUA como “um dos maiores traficantes de drogas do mundo”, rejeitou enfaticamente as acusações de tráfico de drogas, chamando-as de invenções.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela disse em um comunicado na terça-feira que o governo do presidente Donald Trump “recorre a ameaças e difamações” e afirmou que isso “coloca em risco a paz e a estabilidade de toda a região”.