A segurança pública no Brasil continua sendo um tema sensível e urgente. Com altos índices de criminalidade em diversas regiões, principalmente no Norte e Nordeste, o país convive diariamente com os impactos da violência urbana.
Entender quais são as cidades mais perigosas do Brasil em 2025 é fundamental tanto para o planejamento de políticas públicas quanto para decisões de moradia, negócios ou viagens.
Neste artigo, você confere um ranking atualizado com base em dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, além de uma análise sobre os fatores que influenciam esses índices e as consequências diretas na vida dos brasileiros.
O que define uma cidade como “perigosa”?
O principal critério utilizado para classificar uma cidade como perigosa é a taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Esse índice padronizado permite comparar proporcionalmente diferentes municípios, independentemente do seu tamanho populacional.
Além dos homicídios, outros crimes violentos também são considerados:
- Latrocínio (roubo seguido de morte)
- Feminicídio
- Roubos e furtos com violência
- Conflitos armados relacionados ao tráfico de drogas
Por trás de cada dado, existe uma realidade vivida diariamente por milhares de brasileiros. É por isso que esses números vão além de estatísticas e refletem o nível de risco enfrentado por moradores e visitantes.
Cidades mais violentas do Brasil em 2025
O levantamento mais recente aponta que a maioria das cidades com maiores taxas de homicídio estão localizadas nos estados da Bahia, Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro. O destaque negativo vai para municípios do interior da Bahia, que lideram o ranking nacional.
Jequié (BA): a cidade mais perigosa do Brasil
Com uma das taxas mais altas de homicídios no país, Jequié enfrenta uma crise severa de segurança. Disputas entre facções criminosas, tráfico de drogas e falta de presença policial são os principais fatores por trás da escalada da violência no município.
Santo Antônio de Jesus (BA): insegurança no Recôncavo Baiano
Localizada no Recôncavo Baiano, a cidade se tornou palco de conflitos frequentes entre grupos armados. A ausência de políticas públicas eficientes e a precariedade dos serviços básicos agravam ainda mais o cenário.
Simões Filho (BA): violência metropolitana
Parte da Região Metropolitana de Salvador, Simões Filho vive há anos sob a pressão da violência urbana. Com bairros periféricos dominados por facções, o município apresenta alto índice de crimes letais.
Camaçari (BA): desigualdade e criminalidade
Apesar de abrigar um dos maiores polos industriais do Nordeste, Camaçari também figura entre as mais violentas. A desigualdade social extrema e a escassez de programas de prevenção alimentam o ciclo da criminalidade.
Cabo de Santo Agostinho (PE): a mais perigosa de Pernambuco
Na Região Metropolitana do Recife, Cabo de Santo Agostinho enfrenta taxas de homicídio muito acima da média nacional. Problemas como desemprego, tráfico e infraestrutura precária estão entre as principais causas.
Por que essas cidades têm altos índices de violência?
Diversos fatores contribuem para o avanço da violência nas cidades brasileiras. Abaixo, destacamos os mais recorrentes nas regiões afetadas:
Desigualdade social extrema
A falta de acesso a serviços básicos, educação de qualidade e oportunidades de emprego cria um ambiente propício ao crescimento do crime.
Presença de facções criminosas
Muitas cidades estão sob influência direta de organizações criminosas que disputam o controle de territórios, especialmente nas periferias urbanas.
Falta de investimento em segurança pública
Déficit de efetivo policial, equipamentos defasados e ausência de políticas públicas estruturadas dificultam o enfrentamento eficaz da criminalidade.
Crescimento desordenado das cidades
O crescimento urbano sem planejamento favorece a criação de áreas vulneráveis, com baixa presença do Estado e forte atuação de grupos criminosos.
Ranking das 50 cidades mais perigosas do Brasil em 2025
Confira abaixo o ranking das 50 cidades mais violentas, conforme o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública:
- Jequié (BA)
- Santo Antônio de Jesus (BA)
- Simões Filho (BA)
- Camaçari (BA)
- Cabo de Santo Agostinho (PE)
- Sorriso (MT)
- Altamira (PA)
- Macapá (AP)
- Feira de Santana (BA)
- Juazeiro (BA)
- Teixeira de Freitas (BA)
- Salvador (BA)
- Mossoró (RN)
- Ilhéus (BA)
- Itaituba (PA)
- Itaguaí (RJ)
- Queimados (RJ)
- Luís Eduardo Magalhães (BA)
- Eunápolis (BA)
- Santa Rita (PB)
- Maracanaú (CE)
- Angra dos Reis (RJ)
- Manaus (AM)
- Rio Grande (RS)
- Alagoinhas (BA)
- Marabá (PA)
- Vitória de Santo Antão (PE)
- Itabaiana (SE)
- Caucaia (CE)
- São Lourenço da Mata (PE)
- Santana (AP)
- Paragominas (PA)
- Patos (PB)
- Paranaguá (PR)
- Parauapebas (PA)
- Macaé (RJ)
- Caxias (MA)
- Parnaíba (PI)
- Garanhuns (PE)
- São Gonçalo do Amarante (RN)
- Alvorada (RS)
- Jaboatão dos Guararapes (PE)
- Duque de Caxias (RJ)
- Almirante Tamandaré (PR)
- Castanhal (PA)
- Campo Largo (PR)
- Porto Velho (RO)
- Ji-Paraná (RO)
- Belford Roxo (RJ)
- Marituba (PA)
Impactos da violência na vida dos brasileiros
A criminalidade nas cidades não se limita a números. Ela afeta diretamente o cotidiano das pessoas, com consequências severas:
Medo e restrição de liberdade
Moradores evitam sair de casa à noite, frequentar determinadas áreas e até mesmo utilizar transporte público.
Perdas econômicas
A insegurança afeta o comércio local, o turismo e desvaloriza imóveis nas áreas mais críticas.
Efeitos psicológicos
O constante medo gera quadros de ansiedade, estresse e até depressão, especialmente entre jovens e idosos.