Pílula contra a Covid-19: Farmacêutica solicita uso emergencial à Anvisa


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Pílula contra a Covid-19: Farmacêutica solicita uso emergencial à Anvisa
Jim Reed – BBC

Pílula contra a Covid-19: Farmacêutica solicita uso emergencial à Anvisa

A farmacêutica americana MSD (Merck Sharp & Dohme) solicitou nesta sexta-feira à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização de uso emergencial para o seu  medicamento antiviral contra a Covid-19, molnupiravir.

A Anvisa é a 5ª agência regulatória de todo o mundo a receber o dossiê e o pedido de uso emergencial do molnupiravir.

Em 11 de outubro, a MSD solicitou a liberação de uso emergencial nos EUA de sua primeira pílula para tratar a Covid-19. Chamado de molnupiravir, o antiviral reduziu em 50% o número de hospitalizações e mortes em um grande ensaio clínico. Feito em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics, o remédio pode ser autorizado já em dezembro.

O molnupiravir atua prevenindo a replicação do vírus e tem demonstrado eficácia em diversas variantes virais, incluindo as mais prevalentes: Gama, Delta e Mu.

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Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe do departamento de Infectologia da Unesp e membro do Comitê de Monitoramento Extraordinário da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), a chegada do novo medicamento cria uma situação semelhante à que ocorre com a gripe, cuja vacinação acontece anualmente e, caso o indivíduo contraia o vírus e seja de grupo de risco, a droga antiviral para o influenza, oseltamivir, conhecida como Tamiflu, é indicada. 

“Os tratamentos são um avanço principalmente nas populações que podem ter maior falha na vacinação, como imunossuprimidos, transplantados, e para aqueles que têm alto risco para Covid grave, como idosos, ou pessoas com comorbidades. Ter um airbag duplo para esses grupos é muito alentador. Mas os antivirais não substituem as vacinas, são complementares”, afirma Naime Barbosa.

O infectologista afirma que as medicações devem chegar ao Brasil com um preço elevado, então, mesmo que venham a ser adotadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devem ser direcionadas apenas a esses públicos. Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), o preço será em torno de US$ 700 nos países ricos.

A MSD realiza “conversas avançadas com a Fiocruz, desde janeiro de 2021, para definir um modelo de cooperação técnica por meio de seu Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). As negociações em andamento entre a Fiocruz e a MSD incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya”.

Fonte: IG SAÚDE

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