A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5) a Operação Elona, durante a qual prendeu um suspeito acusado de vender material arqueológico pela internet. As investigações tiveram início a partir de denúncia informando a possível comercialização das peças históricas pelas plataformas OLX e Facebook.
De acordo com a investigação, o homem que se autointitula ‘caçador de relíquias’ agia como um ‘Indiana Jones’ retirando do Rio Acre, na altura do estirão da Gameleira, materiais arqueológicos, sem autorização, e as oferece pela internet.
Segundo a divisão técnica do Iphan-AC, os objetos e relíquias seriam garrafas de Stoneware (Grés) do século XIX, além de garrafas de vidro provenientes da Holanda, Irlanda, Inglaterra e Portugal. Os produtos foram trazidos para a região na época da Revolução Acreana e, sobretudo, durante os Ciclos da Borracha, possuindo, portanto, mais de 100 anos e grande valor histórico.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Rio Branco/Acre, na residência do investigado, onde os policiais federais localizaram grande parte do material arqueológico sob investigação. O suspeito foi preso em flagrante.
As peças arqueológicas resgatadas foram encaminhadas ao Iphan.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações continuarão em andamento para identificar outros envolvidos no esquema de comercialização ilegal de relíquias arqueológicas.
Sobre a operação
O nome da operação (Elona) faz referência a um mosteiro na Grécia de onde, em meados do século XIX, ladrões retiraram materiais arqueológicos e relíquias sagradas.
Segundo a PF, os envolvidos podem ser enquadrados no artigo 63 da Lei de Crimes Ambientais por alterar local protegido por lei, em razão de seu valor histórico, sem autorização da autoridade competente; e no artigo 171 do Código Penal pela venda de materiais arqueológicos como próprios.
Com informações e imagem da assessoria de imprensa da PF no Acre