AC: PF prende comerciante por reter cartões de benefícios de indígenas

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação Huni Kuin, para combater a prática ilegal de retenção de cartões de benefícios sociais e previdenciários de indígenas da etnia Kulina e Kaxinawá, das aldeias da região do Alto Purus, e prender o autor de graves ameaças contra os povos indígenas.

Com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), a PF cumpriu, na cidade de Manoel Urbano, quatro mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva e três de busca e apreensão.

Durante as investigações, que começaram em agosto de 2019, a PF identificou três comerciantes na cidade de Manoel Urbano, suspeitos de retenção ilegal de cartões. A finalidade da retenção é a obtenção de vantagens indevidas em prejuízo dos indígenas, mediante cobrança de valores exorbitantes por produtos fornecidos, além de monopólio sobre os valores que se tornavam inacessíveis a seus titulares.

Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, extorsão e apropriação indébita. As penas podem chegar a 10 anos e meio de reclusão. Além desses crimes, o homem que foi preso ainda responderá por extorsão, cuja pena pode ser de até mais dez anos de prisão.

Huni Kuin significa “gente verdadeira” na língua portuguesa. Os Huni Kuin se estabeleceram principalmente ao longo do rio Purus, alto do Juruá e no Vale do Javari, que também são conhecidos como Kaxinawá, que é um dos povos indígenas  mais explorados pelos comerciantes.

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