A Petrobras (PETR4) confirmou que a demissão do gerente executivo de Recursos Humanos ocorrida na segunda-feira (29) se deu por desacordo com políticas que proíbem negociação de papéis da companhia às vésperas da divulgação do balanço financeiro.
Segundo a Reuters, o comunicado veio após a divulgação de notícias na imprensa de que Cláudio Costa negociou ações da empresa durante o chamado “período de silêncio”.
“O gerente executivo de Recursos Humanos foi desligado da companhia na data de hoje”, afirmou a Petrobras, citando seu estatuto que veda negociação de papéis da empresas ligadas a ela nos 15 dias antes da divulgação de demonstrações financeiras.
Costa também deixou o cargo de conselheiro da administração da subsidiária Transpetro.
A Petrobras ainda reiterou que Pedro Brancante, chefe do gabinete da presidência, ocupará a função interinamente, até a indicação de novo executivo para o cargo.
Petrobras: de mudança
Futuro presidente da Petrobras, Joaquim Luna já começou a organizar sua mudança do Paraná para o Rio de Janeiro, conforme a coluna Radar, da Revista Veja.
Ao fechar o ciclo em Itaipu, o general acredita ter deixado um legado de corte de gastos e investimentos em obras de desenvolvimento na região da usina.
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“Economizamos mais de 2,5 bilhões de reais e investimentos todo esse dinheiro em obras estruturantes no Oeste do Paraná… Pontes, aeroportos, estradas, hospitais, combate ao Covid-19”, diz Luna ao Radar.
Ações
A crise de confiança detonada pela interferência do governo na Petrobras prejudicou a correlação entre as ações da estatal e os preços de seu principal produto de exportação, o petróleo, conforme o Valor Econômico.
Apesar do cenário quase ideal para qualquer outra petroleira no mundo – de câmbio depreciado e commodities em alta -, analistas afirmam que os movimentos de mercado da Petrobras são direcionados em grande medida pelo vaivém em Brasília. Dessa forma, o risco é de que o descompasso continue e possa até emendar com o início do ciclo eleitoral.
Neste ano, as ações da Petrobras acabam perdendo a oportunidade de aproveitar o rali dos preços de petróleo. Enquanto as ações ordinárias da estatal acumulam desvalorização de 27,78% em dólares e 19,24% em reais, os contratos futuros de petróleo estão em caminho quase oposto.
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