O delegado da Polícia Federal, Fares Antoine Feghali, de 35 anos, foi encontrado morto em um banheiro no Centro Empresarial de Rio Branco. A descoberta abalou a comunidade local, especialmente os colegas de profissão e familiares, que ainda buscam respostas para o ocorrido. O caso ganhou destaque por ser a segunda morte de uma autoridade da Polícia Federal no Acre em menos de um ano.
Testemunhas no local relataram que ouviram um tiro, o que levou ao acionamento imediato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ao chegar, a equipe médica confirmou o ferimento por arma de fogo na cabeça. Infelizmente, Fares já estava sem vida quando os socorristas chegaram. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) sob escolta de uma equipe da Polícia Federal, que também iniciou as investigações no local.
Esse trágico episódio ocorreu menos de um ano após a morte do agente federal Tálito Borges Brito, também encontrado com um ferimento por arma de fogo, em um hotel em Epitaciolândia, no interior do estado. Assim como no caso de Tálito, as circunstâncias que envolveram a morte de Fares ainda estão sendo investigadas pela Polícia Federal e pelo Instituto Médico Legal.
Fares Feghali era um profissional altamente respeitado, com uma trajetória marcada por sucessos na Polícia Federal. Graduado em Direito em 2012, ingressou na PF-AC em 2015, onde ocupou cargos importantes, como chefe da Delegacia de Imigração e, mais recentemente, delegado regional executivo. Em 2021, assumiu interinamente o cargo de superintendente regional da Polícia Federal no Acre. Fares, que se definia como “escritor amador e filho de pais dedicados” em suas redes sociais, era muito querido por amigos, colegas e familiares.
Seu velório aconteceu na Capela do Cemitério Morada da Paz, onde amigos e familiares se reuniram para prestar as últimas homenagens. O sepultamento foi marcado para o final do dia, em um clima de comoção e tristeza.
As investigações sobre o caso ainda estão em andamento, sem maiores esclarecimentos por parte das autoridades. Contudo, o incidente abalou profundamente a Polícia Federal e a sociedade acreana, que lamentam a perda de um profissional dedicado e promissor.