Como já explicado em outros textos, existem diversas vantagens em fomentar estes tipos de projetos aproveitando a mão de obra local. Uma ação que ajudaria por demais não só a renda das pessoas, mas também seria um apoio conjunto até no combate à criminalidade, além da promoção de educação e saúde. Percebe-se que este mercado ganha espaço de uma forma rápida, já que a aplicação da tecnologia para produtividade no trabalho está cada vez mais acessível e difundida entre as empresas.
Já existem regiões no Brasil em que este modelo é uma realidade. Exemplo disso são os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo o Índice de Inovação dos Estados da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC). Mas se isso já é algo palpável, será que um gestor público possa olhar para este tipo de iniciativa e não ver como desenvolvedor de uma Big Tech (uma grande empresa de tecnologia) em seu pequeno município como forma de fortalecer a economia da cidade?
A verdade é que estes tipos de empresas começam com jovens em garagens ou alojamentos de estudantes. Ou seja, não nasceram grandes, começaram como pequenas ideias de sonhadores ambiciosos e criativos com bastante conhecimento, além da vontade de crescer. A sacada principal para os municípios ao incentivá-las é de que os micros, pequenos e médios empreendimentos de tecnologia geram muitos empregos e, por serem prestadores, recolhem o Imposto Sobre Serviços (ISS).
Além disso, eles também remuneram muito acima da média do mercado, já que atualmente existe muita demanda nesta área com as mudanças que estão acontecendo nas últimas décadas. Outro ponto importante, mas muito necessário, é a desburocratização para abrir uma empresa desse porte. É preciso dar incentivos fiscais por natureza tributária diferenciada (MEI/ME/EPP) quando se implantar um negócio de tecnologia ou uma indústria que se utilize desses recursos para operar comercialmente.
Com as facilidades que temos, bastando somente um jovem talentoso ligar um smartphone ou computador na tomada e ter acesso a internet, não se faz necessário grandes investimentos em instalações, máquinas e equipamentos para iniciar um negócio. A maior aplicação financeira neste tipo de projeto seria capacitar e incentivar estes jovens profissionais engajarem no empreendedorismo a partir do mercado de trabalho digital ou programação. Esse é um bom caminho ao desenvolvimento.
Por fim, o mais legal de tudo isso é que o executivo Estadual e Municipal estará contribuindo para a evolução de vários indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como a erradicação da pobreza, educação de qualidade, trabalho descente para a população mais carente, crescimento econômico; indústria de inovação e infraestrutura e redução das desigualdades. É necessário que sigamos e sejamos um modelo de cidade e comunidades sustentável com oportunidades.
Sou Jebert Nascimento, empreendedor acriano, advogado, administrador e contador empresarial
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