Uma nota divulgada pelo governo do Acre no início da tarde desta terça-feira (13) repudiou as afirmações feitas pelo vice-governador Wherles Rocha, segundo as quais a segurança do governador Gladson Cameli é formada por 120 policiais militares. Segundo o texto, as informações prestadas pelo vice colocam em risco ‘o exercício das atividades de segurança’ do estado.
O texto não contraria a afirmação de que o efetivo policial que compõe o aparato de segurança de Cameli e familiares seja formado de 120 integrantes da PM.
“O Gabinete Militar não expõe o efetivo de nenhuma autoridade, visando exatamente a integridade física do governador, vice-governador, familiares, bem como das fortalezas (residências oficiais) e prédios públicos onde despacham diariamente”, diz a nota assinada pelo coronel Amarildo Martins Camargo, chefe do Gabinete Militar.
Ele afirmou ainda que a segurança do vice-governador seria formada por um número maior do que fora declarado por Rocha durante entrevista a um programa de rádio local.
Leia a íntegra da nota a seguir.
Sobre entrevista concedida pelo Excelentíssimo vice-governador do Estado do Acre, o Gabinete Militar esclarece:
O Gabinete Militar do Acre exerce papel constitucional dentro dos padrões e doutrinas estabelecidos pelas casas miliares do Brasil.
Na entrevista do Excelentíssimo vice-governador do estado do Acre, Major Wherles Rocha, em que afirma que o efetivo empregado para realizar a segurança das autoridades constituídas estaria fora dos padrões, ou seja, segundo ele, desnecessário. O vice-governador ainda sugere ao Ministério Público que “acorde”, o que notoriamente torna-se uma manifestação contrária ao efetivo existente.
O Gabinete Militar esclarece que, o Excelentíssimo vice-governador foi infeliz nas declarações quando cita o efetivo de policiais empregados, expondo e colocando em risco o exercício das atividades de segurança. Também esclarecemos que tal efetivo colocado à disposição do Gabinete do vice governador é bem superior ao citado na entrevista, não cabendo a este gabinete expor a distribuição administrativa do efetivo.
O Gabinete Militar não expõe o efetivo de nenhuma autoridade, visando exatamente a integridade física do governador, vice-governador, familiares, bem como das fortalezas (residências oficiais) e prédios públicos onde despacham diariamente.
O vice-governador também foi infeliz em expor o quantitativo empregado em todas as diversas atividades da segurança de ambas as autoridades constituídas, a saber, governador e vice-governador. O vice-governador esquece que o número de pessoas envolvidas no Gabinete Militar, que é um ordenador de despesas, carece de pessoal tanto para segurança aproximada, quanto para as atividades que envolvem os procedimentos administrativos, para que a efetividade e viabilidade das ações sejam realizadas, lembrando sempre que o Gabinete do vice-governador usufrui diretamente destes serviços.
Por fim, torna-se inaceitável que uma autoridade, especialista em segurança pública, recomende ao Ministério Público a retirada de toda uma estrutura composta legal e constitucionalmente, criada para garantir o bem-estar das pessoas legitimadas democraticamente à condução do Estado do Acre durante quatro anos.
Amarildo Martins Camargo – Coronel PM
Chefe do Gabinete Militar do Estado do Acre