Se passaram apenas dois meses desde quando o Rio Acre atingiu a terceira maior cheia já registrada na capital e alertou as autoridades para os transtornos causados. Agora, o alerta volta, mas para a situação contrária, com 2,94 metros de nível no mês de junho, a Defesa Civil acredita em seca severa em 2023.

De acordo com o coordenador do órgão municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, no mesmo período do ano passado o nível do rio era de 5,6 metros, 2,7 a mais do que foi registrado esse ano.

Em 2015, ano que teve a maior cheia já registrada, o Rio Acre marcava 4,29 metros no dia 17 de junho. Em 2020, de grande seca, o rio registrava 2,88 metros no período.

Ainda segundo a Defesa Civil, o baixo índice de chuvas é preocupante, totalizando apenas 62 milímetros no mês, chegando a passar 12 dias sem chuva. A seca pode afetar o abastecimento de água, a agricultura e a fauna local. 

Além disso, pode agravar o risco de incêndios florestais e piorar a qualidade do ar.

“Não é uma cota normal para nossa realidade, nossa expectativa era que ele [o rio] estivesse com nível maior na metade de junho, sendo que os meses mais críticos ainda vão chegar. A pior marca de todos os anos é registrada em setembro”, disse Cláudio Falcão, que também se preocupa com a falta de previsão de chuvas para os próximos dias.