Mulher causa tumulto no Mercado do Bosque ao alimentar pombos

Uma idosa, que não teve o nome revelado, foi flagrada alimentando dezenas de pombos nas proximidades do Mercado do Bosque, em Rio Branco, nesta quinta-feira (23), protagonizando mais um episódio de bate-boca com permissionários. Não é a primeira vez no mês que o problema acontece.

Os comerciantes suplicam para que ela interrompa a prática de alimentar as aves, especialmente após a morte de uma trabalhadora do local na semana passada, vítima de complicações causadas por microorganismos presentes nas fezes dos animais. No entanto, ao ser abordada, a mulher responde com violência e chega a confrontar os comerciantes.

Os comerciantes afirmam que as lojas nos últimos dias estão vazias, pois os clientes temem as doenças provocadas pelas aves. Uma lojista chegou a afirmar que um filho da idosa foi até o local para se desculpar pelas atitudes da mãe, que seria professora aposentada.

“Ela compra comida no próprio mercado para dar aos animais. Estamos revoltados, mas também com muito medo”, lamenta.

Nos últimos dias, trabalhadores, moradores e frequentadores do Mercado do Bosque e entorno fizeram um abaixo-assinado pedindo providências ao poder público. Segundo eles, a Vigilância Sanitária não teria realizado a sanitização do local para limpar resíduos de fezes dos pombos após a morte da trabalhadora.

Doença do Pombo

Por ser uma ave que perambula pelo chão e se alimenta de restos de comida, muitas vezes estragados, o pombo ingere microorganismos como fungos e bactérias, que acabam indo para suas fezes. Em tempos secos, os dejetos dessas aves endurecem e, com o vento, pequenos poros se espalham no ar e são inalados por humanos, o que pode provocar infecções.

Nem todas as doenças causadas nesse processo são mortais, mas, sem os cuidados devidos, elas podem ser graves, como aconteceu com a trabalhadora que morreu na semana passada.

Entre as enfermidades estão a meningite, salmonelose, ornitose, histoplasmose e criptococose. O uso de máscaras ao adentrar em locais com grande presença desses animais ajuda a evitar a inalação dos poros infecciosos.

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