O Ministério Público do Acre (MPAC) acionou a Justiça para interditar imediatamente a Unidade Prisional Feminina de Cruzeiro do Sul. A medida foi solicitada pela 1ª Promotoria de Justiça Criminal do município após constatar que o prédio apresenta sérios riscos à vida das internas, servidores e visitantes.

Relatórios técnicos do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), do Grupo de Monitoramento do Sistema Carcerário (GMF/TJAC), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Defesa Civil apontaram risco de colapso na estrutura. Os documentos indicam que as condições atuais comprometem tanto a segurança quanto a dignidade das detentas.

O promotor de Justiça Eduardo Lopes, autor da ação, destacou a gravidade da situação.

“A intervenção é urgente para garantir a integridade das internas e de todos que circulam pelo local”, afirmou.

O que o MPAC cobra na Justiça

  • Fechamento imediato da unidade prisional;
  • Transferência emergencial das presas para outro espaço adequado;
  • Plano emergencial em até 15 dias com diagnóstico técnico, cronograma e orçamento;
  • Adoção de medidas de segurança no prédio interditado;
  • Reforma, reconstrução ou construção de novo presídio feminino no Complexo Penitenciário do Juruá, com início em até 12 meses.

O Ministério Público também pediu multa diária de R$ 10 milem caso de descumprimento e bloqueio de verbas públicas, se necessário, para garantir as medidas.

Segundo o órgão, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) já havia sido alertado em recomendação anterior, mas não apresentou nenhuma providência efetiva, o que levou à judicialização do caso.

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