O Ministério Público do Acre (MPAC) iniciou nesta semana as oitivas referentes ao caso de aplicação da vacina contra a Covid-19 em estagiários de psicologia da Policlínica da Polícia Militar. Os gestores da Saúde e demais envolvidos no caso têm sido convocados pela 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Patrimônio Público, Fiscalização das Fundações e Entidades de Interesse Social.
Após receber reclamações de que pessoas não integrantes do público prioritário teriam se vacinado, a promotora de Justiça Myrna Mendoza abriu procedimento com a finalidade de averiguar os fatos.
Ela não descarta a responsabilização dos gestores e estagiários da Policlínica.
Myrna também emitiu recomendação às autoridades de Saúde para que eles não recebam a segunda dose do imunizante.
Entenda o caso
No dia 8 de fevereiro deste ano, a esposa do ex-comandante da Polícia Militar do Acre coronel Ulysses Araújo e estudante de psicologia, Dayanna Menezes, foi acusada de furar a fila da vacinação contra a Covid-19. Ela havia postado uma foto no Instagram sendo imunizada na Policlínica da PM, em Rio Branco.
A publicação levantou polêmica nas redes sociais e acabou no noticiário.
Em nota, a assessoria de comunicação do governo do Acre afirmou à época que a diretoria de Saúde da PM informou que Dayanna Menezes foi imunizada por atuar como estagiária não remunerada na clínica.
A direção afirmou ainda que montou, no início da pandemia, um serviço de atendimento médico de acompanhamento para os militares e os dependentes que tiverem sintomas da Covid-19.
Em postagem no Facebook, o coronel Ulysses Araújo saiu em defesa da mulher.
Você foi vacinada e imunizada contra o Covid hoje, não porque é minha esposa ou esposa de um Coronel. Aliás diga-se de passagem, você tem luz própria.
Leia a íntegra aqui.