“Morango do amor ou obrigação de consumo?” – Por Gerlandy Araújo

A “febre” do morango do amor e o poder da mídia em influenciar as pessoas têm algo em comum: a capacidade de criar uma obsessão ou uma tendência que pode afetar o comportamento e as escolhas das pessoas.

Assim como o morango do amor pode criar uma obsessão temporária e intensa, a mídia pode criar uma “febre” em torno de certos produtos, estilos de vida ou comportamentos. A mídia tem o poder de influenciar as pessoas, moldando suas opiniões e escolhas, muitas vezes de forma sutil, mas eficaz.

Ambos podem ter um impacto significativo na forma como as pessoas vivem suas vidas, desde a escolha de produtos que consomem até como se relacionam com os outros. No entanto, é importante lembrar que, assim como a “febre” do morango do amor pode passar, as tendências criadas pela mídia também podem mudar rapidamente.

A cidade de Rio Branco – Acre é um belo exemplo disso, ouvi vários empresários dizendo que o povo daqui gosta de novidades, mas logo ficam enjoados.

Oliver Wolf Sacks, um renomado professor de neurologia e psiquiatria na Universidade de Columbia, destacou a influência da experiência no cérebro, afirmando que “a experiência constantemente molda o cérebro e, nesse sentido, o cérebro é moldado pela experiência”. Essa idéia pode ser aplicada ao impacto dos influenciadores digitais na formação das opiniões e comportamentos das pessoas.

Vivemos em uma sociedade altamente consumista e publicitária, onde somos constantemente expostos a comerciais e anúncios em diferentes plataformas como: televisão, rádio, internet, redes sociais, outdoors, revistas e jornais. Um exemplo claro disso é o YouTube, impossível ouvir uma musica inteira sem aquele anuncio “chato” sobre algo completamente aleatório bem no meio do trecho mais alegre ou sofrido da musica, ou rolando o feed do instagram, lá também vendem de tudo.

É fundamental que as pessoas estejam cientes dessas influências e façam escolhas conscientes, baseadas em seus próprios valores e necessidades, em vez de seguir cegamente as tendências ou obsessões do momento, já que existem bons e maus influenciadores.

Os “maus” influenciadores podem ter um impacto negativo significativo na vida das pessoas, especialmente em áreas como saúde mental, comportamento e tomada de decisões.

Aqui estão alguns perigos associados a más influências:

1. Propagação de informações falsas: podem disseminar informações incorretas ou enganosas, levando a mal-entendidos e decisões erradas.

2. Promoção de comportamentos de risco: eles podem incentivar comportamentos prejudiciais à saúde, como uso de substâncias, violência ou práticas perigosas.

3. Influência negativa na autoestima: “maus” influenciadores podem promover padrões de beleza ou sucesso irreais, levando à baixa autoestima e insatisfação.

4. Manipulação emocional: Eles podem usar táticas de manipulação para controlar ou influenciar as emoções e decisões das pessoas.

5. Fomento de comportamentos obsessivos: “Maus” influenciadores podem criar uma obsessão em torno de certos produtos, serviços ou estilos de vida, levando a comportamentos compulsivos.

É importante estar ciente desses perigos e tomar medidas para se proteger de más influências, como:

1. Verificar a credibilidade e confiabilidade das fontes de informação.

2. Analisar criticamente as informações e opiniões apresentadas.

3. Buscar apoio de pessoas confiáveis e profissionais de saúde mental.

4. Desenvolver habilidades para avaliar informações e tomar decisões.

Lembre-se de que é importante ser consciente e crítico em relação às influências que você recebe, e buscar apoio quando necessário.

Gerlandy Araújo

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