Novos detalhes sobre a operação da Polícia Federal realizada na quarta-feira (9) revelam o que foi encontrado na casa do militante do Progressistas, Hélio do Nascimento Bezerra Júnior, preso sob suspeita de envolvimento com tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A apreensão de quase 50 munições de fuzil e dinheiro em espécie sem origem declarada chamou atenção dos investigadores.

Durante o cumprimento do mandado judicial expedido pela 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Acre, Hélio e a esposa, Nycole de Souza Formiga, entregaram dois celulares, mas se recusaram a fornecer as senhas. Quando questionado sobre dinheiro guardado no imóvel, ele indicou um pacote com R$ 25 mil dentro de um armário na cozinha. Afirmou que o valor teria sido entregue por um amigo interessado em abrir um negócio de máquinas, mas não revelou nomes. No quarto do casal, a Polícia encontrou mais dinheiro, cuja origem também não foi explicada. As informações são do site ac24horas.

No pátio da residência havia quatro veículos. Em um deles, os agentes localizaram um carregador de fuzil com 27 munições calibre .222 Remington (5.56 mm), além de um pacote plástico com outras 19 munições do mesmo tipo. Na cozinha, dentro de uma gaveta, havia ainda um carregador de pistola calibre 9mm. A PF também apreendeu um rádio comunicador portátil e dois estojos de pistolas, que, segundo o investigado, pertencem a armas registradas e armazenadas em sua fazenda.

Em depoimento, Hélio alegou que as munições de fuzil seriam utilizadas em um torneio de tiro esportivo no clube Século XXI, previsto para o sábado seguinte. Admitiu, no entanto, não possuir documentação do material e preferiu não informar quem teria fornecido as munições e o carregador, alegando temer por sua segurança.

O militante afirmou ter registros de armas junto ao Exército e à Polícia Federal, incluindo dois rifles calibre .22, uma espingarda calibre 32, duas pistolas G2C Taurus e duas pistolas TS9, todas calibre 9mm.

Em 2021, Hélio Bezerra foi preso por porte ilegal de arma de fogo e, à época, firmou um acordo de não persecução penal. Ele não ocupa cargo de direção partidária, sendo apenas filiado ao Progressistas.

Um membro da direção do Progressistas no Acre informou ao O Acre Agora que Hélio nunca foi dirigente da sigla. “Era apenas militante”, assegurou.