Médico acusado de matar colega acreano será julgado em setembro

O médico Geraldo Freitas Junior, acusado do assassinato do colega Andrade Lopes Santana, em maio de 2021, em São Gonçalo dos Campos, enfrentará um júri popular em 26 de setembro no Fórum Filinto Barros, localizado em Feira de Santana, Bahia.

Segundo informações do Estadão, o julgamento estava inicialmente agendado para dezembro de 2023, mas foi adiado após a defesa solicitar a mudança de comarca. A defesa argumentou que o corpo de Andrade Lopes foi encontrado em São Gonçalo dos Campos, o que poderia influenciar a imparcialidade do veredicto.

Geraldo Freitas Junior está preso no Conjunto Penal de Jequié desde 9 de agosto de 2023. A transferência ocorreu a pedido da defesa, que justificou a proximidade com os familiares do acusado como razão principal para a mudança do Conjunto Penal de Feira de Santana, onde ele estava inicialmente detido.

Relembre o caso

Andrade Lopes Santana, médico acreano, desapareceu após sair de Araci, localizada a 220 km de Salvador, com destino a Feira de Santana. Andrade havia se mudado para a Bahia em 2016 para exercer a medicina, atuando como psiquiatra em Araci e em outras três cidades da região.

Geraldo Freitas Junior, acusado de matar o colega careano, confessou o crime durante seu segundo depoimento no Presídio Regional de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. Ele alegou ter disparado acidentalmente.

O depoimento, que durou sete horas, foi conduzido pelo coordenador da Polícia Civil de Feira de Santana, Roberto Leal. Geraldo afirmou que uma guia espiritual o alertou que seria assassinado por dois colegas de profissão, o que o levou a desconfiar de Andrade.

Geraldo relatou que, no dia do crime, ao encontrar Andrade no Rio Jacuípe, ficou desconfiado após acessar o celular da vítima e ler conversas que supostamente planejavam sua morte. Durante uma discussão, ele apontou uma arma para a cabeça de Andrade, que resistiu a entregar o aparelho, resultando em um disparo acidental.

O corpo de Andrade foi encontrado quatro dias após seu desaparecimento, boiando no Rio Jacuípe, amarrado a uma âncora. A polícia investiga a participação de outras pessoas e possíveis motivações para o crime, incluindo vingança.

Geraldo, que estudou medicina com Andrade na Bolívia, foi quem inicialmente registrou o desaparecimento do colega. Contradições em seu depoimento levaram a polícia a suspeitar dele, além da descoberta de que ele comprou a âncora encontrada com o corpo. Uma moto aquática, que teria sido o motivo do encontro entre os dois, foi achada no condomínio onde Geraldo foi preso.

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