MDB diz que avalia “cenário” e sugere desistência da candidatura de Simone Tebet


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Senador Eduardo Braga (MDB-AM), líder do partido na Casa
Marcos Oliveira/Agência Senado

Senador Eduardo Braga (MDB-AM), líder do partido na Casa

A cinco dias da eleição, a bancada do MDB cogita desistir do apoio à candidatura de Simone Tebet (MS) ao comando do Senado para costurar acordo com o atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), padrinho de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa. A informação é do líder do MDB, Eduardo Braga (AM), que falou com a imprensa após reunião da bancada nesta quarta-feira (27). Tebet reforça que mantém a sua candidatura independente do partido.

Braga, que foi reconduzido ao cargo de líder do MDB nesta quarta,  terá uma nova reunião com Alcolumbre amanhã para tratar de um eventual acordo entre eles. Segundo Braga, uma das possibilidades estudadas é o MDB liberar a bancada na votação em plenário. Neste cenário, Simone deve lançar uma candidatura avulsa.

“Nós não discutimos a desistência (da Simone), e sim o cenário, porque a candidatura da Simone foi construída por aclamação. Quando fizemos isso estávamos diante de algumas expectativas de apoio de alguns partidos, que em parte não se confirmaram”, disse Braga.

“A senadora reafirmou que é candidata é que compreende decisão do partido, mas que manterá a sua candidatura. Ela poderá levar a sua candidatura ao plenário, essa é uma questão que o MDB ainda está discutindo”, afirmou o líder.

Em caráter reservado, emedebistas relatam frustração com os apoios conquistados pela candidata do partido até o momento, que reúne Cidadania, Podemos e PSB entre os seus aliados. Ela não conseguiu alianças com siglas que dizia estarem alinhadas a ela, como PSDB e Rede. Pacheco, por sua vez, tem respaldo de nove legendas.

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Após a reunião da bancada, Simone Tebet saiu um pouco mais cedo e afirmou a jornalistas que manterá a sua candidatura “até o fim”. Questionada se a bancada está unida, ela respondeu que não sabe e que a pergunta deveria ser feita ao líder da bancada, Eduardo Braga.

Depois, ao ser abordado, o líder emedebista disse que “não poderia mentir” ao dizer que a bancada está unida porque hoje houve manifestação de vários senadores contra a candidatura própria da sigla.

Ontem, Alcolumbre procurou Braga e fez sinalizações aos emedebistas por vagas na vice-presidência, na segunda-secretaria e no comando de comissões da Casa. Mais tarde, a própria Simone procurou o atual presidente do Senado para reforçar que mantém a sua candidatura, e fez o mesmo hoje em encontro com os colegas de bancada durante encontro que durou cerca de quatro horas.

Sobre isso, Braga disse que Alcolumbre o procurou para relatar “o seu interesse de buscar um consenso, um entendimento”. O líder do MDB afirma que tem interesse de “construir pontes” com o democrata. Ele negou, no entanto, que tenha interesse em cargos e defende que as negociações são baseadas na tese da proporcionalidade, já que os emedebistas fazem parte da maior bancada da Casa, com 15 senadores.

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