Sônia Aparecida Rossi, mais conhecida como Maria do Pó no submundo do crime brasileiro, é uma figura emblemática no tráfico de drogas. Nascida em circunstâncias humildes, ela encontrou no mundo do crime uma oportunidade de escapar da pobreza e construir seu império criminoso. Sua inteligência e astúcia a destacaram rapidamente, transformando-a em uma das principais traficantes de cocaína na região de Campinas, estado de São Paulo.
Ao longo dos anos, Maria do Pó consolidou seu domínio sobre o tráfico de drogas na região, expandindo sua influência e estabelecendo uma rede de contatos poderosa. Sua reputação de ser implacável com rivais e generosa com aliados contribuiu para sua ascensão meteórica no submundo do crime. Ela se tornou uma figura temida e respeitada, controlando grande parte do comércio ilegal de entorpecentes em Campinas.
No entanto, sua vida no crime não foi isenta de desafios. Enfrentou inúmeras tentativas de assassinato por parte de rivais e teve que lidar com a constante pressão das forças de segurança. Em um evento marcante, Maria do Pó conseguiu fugir da Penitenciária Feminina Sant’Ana, em São Paulo, em 2006, tornando-se uma das criminosas mais procuradas do Brasil. Sua habilidade para evadir-se das autoridades e manter-se esquiva por tanto tempo é um testemunho de sua determinação e habilidade estratégica.
Ainda em relação à sua vida na prisão, Maria do Pó escapou da Penitenciária Feminina de Sant’Anna, no Carandiru, zona norte de São Paulo, às 13h de 9 de março de 2006. No entanto, apenas em 19 de outubro de 2018, a pedido da Polícia Federal, seu nome foi incluído na lista de procurados da Interpol. Naquela época, especulava-se que Maria do Pó poderia estar escondida no Paraguai, um dos refúgios de criminosos brasileiros no Mercosul.
Desde janeiro de 1999, quando foi flagrada na região de Campinas (SP) com 340 kg de cocaína, Maria do Pó vem driblando as autoridades policiais e carcerárias. Mesmo assim, ela foi liberada pelos policiais civis que a prenderam naquela ocasião. Mais tarde, foi presa novamente em 14 de fevereiro de 1999, em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.
Apesar de sua prisão, Maria do Pó conseguiu fugir da Penitenciária Feminina do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, em 28 de março de 1999. Esse episódio, juntamente com a sua liberação anterior por policiais civis de Campinas após o flagrante com drogas, causou escândalo. Para a Polícia Federal, a prisão de Maria do Pó tornou-se uma questão de honra.
A captura da criminosa finalmente ocorreu em abril de 2000, quando agentes federais trocaram tiros com ela em uma estrada na região de São José dos Campos (SP). Durante o confronto, Maria do Pó foi atingida no joelho por um dos disparos. Segundo a Polícia Federal, ela transportava 11 kg de cocaína na ocasião.
Atualmente, Maria do Pó é a narcotraficante mais procurada do Brasil, com seu nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol desde 19 de outubro de 2018. Sua vida é um exemplo vívido das consequências devastadoras do envolvimento com o crime organizado, destacando as sombras que permeiam o submundo do tráfico de drogas no Brasil.
Amaro Alves foi repórter de polícia até se aposentar, em 2009; vive atualmente em Belém (PA), de onde escreve com exclusividade para oacreagora.com