A Praça Povos da Floresta, no centro de Rio Branco, foi palco de um ato público na tarde desse domingo (1°). Movimentos sociais e ambientais se reuniram para protestar contra o Projeto de Lei 2.159/2021, que propõe mudanças na legislação sobre o licenciamento ambiental. Apelidado de “PL da Devastação” por críticos, o texto tramita no Congresso Nacional e vem gerando forte reação de organizações socioambientais em todo o país.

O protesto faz parte de uma mobilização nacional que busca barrar o avanço da proposta. Segundo os organizadores, as alterações previstas no projeto reduzem os mecanismos de controle sobre atividades com potencial de impacto ambiental, o que pode trazer riscos sérios aos biomas e comunidades afetadas.

Durante o ato, o ativista Rodrigo Paiva, do Comitê Chico Mendes, explicou que a proposta favorece interesses empresariais em detrimento da preservação ambiental.

“Esse projeto desmonta instrumentos que garantem o uso responsável das florestas e territórios. Estamos alertando a população e pressionando o Congresso para que não aprove esse retrocesso”, afirmou.

Dirigentes e lideranças partidárias, como o vereador da capital, André Kamai (PT), e o porta-voz da Rede Sustentabilidade, Inácio Moreira, estiveram presentes ao ato e manifestaram contrariedade ao projeto.

A preocupação dos manifestantes também se estende ao cenário internacional. Para eles, flexibilizar regras ambientais neste momento enfraquece a imagem do Brasil, que se prepara para sediar a COP30, principal conferência da ONU sobre clima, prevista para novembro.