Lula reage à possível anistia e admite risco de derrota no Congresso

Durante um encontro com comunicadores no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (4) que há risco de o Congresso Nacional aprovar uma anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para o petista, a extrema-direita ainda mantém força expressiva no Parlamento, o que pode influenciar na tramitação da proposta.

A conversa foi transmitida pelas redes sociais do presidente. “Se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia, porque o Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia”, declarou. Apesar de destacar que o Legislativo tem aprovado a maior parte das pautas do governo, Lula alertou que a bancada da extrema-direita continua articulada.

Em reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), realizada na quarta-feira (3), Lula já havia expressado ser contrário à anistia. Segundo interlocutores, Alcolumbre não tocou no assunto, mas o presidente fez questão de afirmar que considera a proposta um ataque à democracia e à soberania nacional.

Enquanto isso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensifica as articulações a favor do perdão aos envolvidos. Em Brasília nesta semana, ele liderou conversas com aliados e parlamentares, defendendo a aprovação da anistia ainda neste ano.

Na quarta-feira, Tarcísio se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e também participou de um jantar no Palácio dos Bandeirantes com o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, e o pastor Silas Malafaia. O grupo avaliou que a proposta deve ser aprovada na Câmara com mais de 300 votos, o que, na leitura deles, tornaria sua aprovação no Senado praticamente inevitável.

Fonte: CNN

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