Léo de Brito, Perpétua Almeida e uma frase matadora da minha avó

Foi-se o tempo em que os companheiros do Acre enchiam o peito em defesa do larápio Luiz Inácio. A campanha do ‘Lula livre’ deixou feridas abertas nas hostes petistas. Leo de Brito, Sibá Machado e Raimundo Angelim ficaram sem os mandatos na Câmara Federal. No Senado, o prejuízo foi de Jorge Viana, que perdeu a vaga para o agora senador Marcio Bittar.

Brito só voltou ao cargo graças à cassação do pastor Manuel Marcos. E como gato escaldado tem medo de água fria, prefere atacar Bittar a defender Lula. Desde que emergiu das profundezas do ostracismo político, não se ouviu uma palavra sua em defesa do ladrão-mor.   

O prejuízo do PT foi mais além. Tendo eleito quatro vereadores na capital no pleito de 2016, o partido não emplacou nenhum em 2020. Na Assembleia Legislativa, a bancada petista minguou de cinco parlamentares em 2014, para apenas dois em 2018.  

Apeados do governo federal por meio de impeachment, seu ressentimento não perde a oportunidade de se manifestar contra o atual presidente da República. E com a mesma virulência com que os companheiros atacavam Michel Temer, sucessor de Dilma Rousseff.

Bittar é outro alvo preferido dos representantes petistas no Acre. Mas se eles se enchem de coragem na hora de atacar o senador, tremem de medo ante a hipótese de defender seu gatuno de estimação.   

Nem mesmo as pesquisas de intenção de voto que insistem em colocar Lula na dianteira são suficientes para encorajar o Sr. Leo de Brito como dantes. Igualzinho a ele, o ex-senador Jorge Viana evita falar o nome do vigarista de nove dedos.

Tudo isso, porém, são apenas detalhes diante do essencial: Leo de Brito, como também dona Perpétua Almeida, sua aliada do PCdoB, votaram contra a PEC dos Precatórios, medida essencial para que o governo possa viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 para os mais pobres. Não esqueçamos de colocar na conta o voto do venerando Flaviano Melo, do MDB, cujo prazo de validade na política está mais do que vencido.

Brito e Perpétua também comemoraram a derrota, no STF, do que a imprensa – mais ladina do que nunca –, passou a chamar de ‘orçamento secreto’. A suspensão, diga-se de passagem, não foi uma derrota do relator, o senador Marcio Bittar, mas uma temeridade para os acreanos, que podem ficar sem um montante de recursos que beiram 1 bilhão de reais.

Essa gente aplaudiu Lula e Dilma quando ambos chancelaram bilhões de reais em empréstimos para governos que agora nos dão calote. E comemoram com desfaçatez a medida do Supremo que nos pode tirar outro bilhão.

Mas como dizia minha avó, “Gente má tem sempre ótimas desculpas pra espalhar suas maldades”.      

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