O processo contra Eduardo da Costa Azevedo, acusado de matar a própria mãe com golpes de faca em Rio Branco, voltou a tramitar na Justiça. A retomada ocorre após a conclusão do laudo psiquiátrico solicitado pela defesa, que avaliou a saúde mental do réu no momento do crime.
Segundo o documento, Eduardo sofre de transtorno depressivo recorrente, o que teria afetado parcialmente sua capacidade de controlar as próprias ações durante o assassinato de Márcia Maria da Costa, sua mãe. O caso aconteceu após uma discussão entre os dois, dentro da casa da família, no Conjunto Esperança.
Os peritos responsáveis pela avaliação afirmaram que, embora o acusado entendesse que o que estava fazendo era errado, ele tinha dificuldades para conter seus impulsos. Por conta disso, foi classificado como semimputável, termo jurídico usado quando a pessoa tem responsabilidade penal reduzida devido a problemas psiquiátricos.
O laudo também aponta risco moderado de suicídio e de comportamento perigoso, indicando que Eduardo precisa passar por tratamento psiquiátrico em regime ambulatorial. Os especialistas sugeriram ainda que ele seja submetido a uma medida de segurança por pelo menos dois anos.
O juiz Fábio Farias, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, aceitou as conclusões da perícia. Isso significa que, se Eduardo for condenado pelo júri popular, poderá ter a pena reduzida ou até substituída por tratamento médico, como internação ou acompanhamento especializado.
Enquanto isso, ele continua preso preventivamente. O processo havia sido interrompido até que o exame de sanidade mental fosse concluído, mas agora segue para as próximas etapas no Tribunal do Júri.
O assassinato aconteceu em 2 de novembro de 2024. Eduardo foi preso em flagrante logo após atacar a mãe com uma faca dentro da casa da família. Vizinhos relataram que os dois discutiam com frequência. A motivação para o crime seria mais um desentendimento familiar.
