O Tribunal de Justiça do Acre rejeitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva, acusado de assassinar Wesley Santos da Silva, de 20 anos, na última noite da Expoacre 2023. Raimundo, que está preso há mais de 300 dias, foi inicialmente detido em flagrante após disparar contra o jovem e sua namorada, Rita Cássia, durante uma briga. Ele foi solto no dia seguinte, em audiência de custódia, mas sua prisão foi decretada novamente em novembro, após um recurso do Ministério Público.
A defesa, representada pelo advogado Janderson Soares, alegou que a ausência do policial está causando dificuldades para seu filho de 10 anos, pedindo a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar com medidas cautelares. No entanto, a procuradora de Justiça Patrícia Rego se manifestou contra a solicitação, afirmando que a gravidade do crime justifica a manutenção da detenção.
A relatora do processo, desembargadora Denise Castelo Bonfim, concordou que ainda há motivos para manter a prisão preventiva e ressaltou que a criança não está desamparada, pois permanece sob os cuidados da mãe. Cerca de um mês atrás, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri determinou que Raimundo Nonato será julgado em júri popular pelos crimes cometidos.
A defesa já recorreu da sentença de pronúncia e informou que também recorrerá da negativa do habeas corpus. O Tribunal de Justiça do Acre deve analisar o recurso nas próximas sessões.