A Justiça de Minas Gerais converteu a prisão em flagrante do empresário René da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, em prisão preventiva. A decisão foi tomada em audiência de custódia nesta quarta-feira (13), a pedido do Ministério Público, após o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos.
Laudemir foi assassinado a tiros na segunda-feira (11), durante seu expediente de coleta de resíduos nas ruas de Belo Horizonte. Colegas o descreviam como uma pessoa “muito alegre, de coração gigante”, “muito comprometida” e sem faltas ao serviço em quase oito anos de empresa.
O crime ocorreu após uma briga de trânsito. Testemunhas relataram que René se irritou por não querer “esperar o caminhão passar” em uma rua estreita. Após ameaçar a motorista do caminhão, o empresário freou, desembarcou armado e disparou contra Laudemir, atingindo-o nas costelas. A vítima foi socorrida, mas morreu por hemorragia interna.
René da Silva Nogueira Junior foi preso em uma academia horas depois do crime. Ele foi autuado por ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A Polícia Civil investiga se a arma utilizada pertence à esposa de René, uma delegada, que possuía armas em casa.
A defesa do empresário havia solicitado o relaxamento da prisão, alegando que ele era réu primário, tinha bons antecedentes e residência fixa, mas o pedido foi negado pela Justiça.