O professor de Geografia Manoel de Jesus, de 36 anos, saiu em defesa do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), ante os ataques que vem sofrendo por ter viajado a Brasília em meio às enchentes. Em postagem feita nesta quarta-feira (10), nas redes sociais, Jesus afirmou que Bocalom e Marfisa estão fazendo “bem diferente do formato de gestão que tínhamos em Rio Branco”.

Ele aprova a ida do prefeito a Brasília, em busca de recursos para resolver, ‘de uma vez por todas’, o drama das famílias durante as enchentes.  

“É mais fácil mesmo, nos momentos da crise sazonal da alagação, correr para as fotografias, com água nas canelas ou entregando cestas básicas para parcela das famílias. A mídia adora esse tipo de situação e muitos políticos se alimentam da desgraça alheia”, escreveu.

Conversei com o professor por telefone no começo da noite desta quarta. Queria saber se ele fez parte da campanha eleitoral do atual prefeito e se compõe a sua equipe de governo. “Nem uma coisa nem outra”, respondeu, dizendo apenas que votou no progressista por acreditar em suas propostas.

Nascido no município de Tarauacá, mas há 31 anos radicado na capital, Manoel de Jesus leciona na escola Tancredo Neves.  

Meu interesse pelo autor da postagem nasceu de uma convergência de ideias. Como ele, sempre deplorei a inclinação de alguns políticos em tirar proveito da desgraça alheia.  

Mergulhar as canelas na água das enchentes – como fazia o ex-prefeito Marcus Alexandre – nunca resolveu o problema das alagações, ainda que tenha servido à pirotecnia das manchetes companheiras.

Na rápida conversa que tivemos, mencionei a publicação do seu texto neste site. Obtive permissão sob a ressalva de que ele não deseja, sob hipótese alguma, criar celeuma com as famílias desabrigadas.

Jesus, definitivamente, não quer semear discórdia.

Confira o post: