Isenção do IR é vista pelo mercado como medida que ‘prejudica’ a economia

Para 85% do mercado financeiro, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil tende a “prejudicar” a economia brasileira. É o que diz a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 4. Dentre as medidas do pacote fiscal, anunciado pelo governo na semana passada, essa é a única a ser vista como prejudicial por mais de 50% dos respondentes.

A pesquisa foi feita entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro, ou seja, logo após a divulgação do pacote fiscal pelo ministro Fernando Haddad, que provocou a escalada do dólar. Foram ouvidos gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de 105 fundos de investimentos com sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em linhas gerais, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi avaliada negativamente por 90% dos respondentes. Já a postura de Haddad foi tida como positiva para 41% dos entrevistados, e negativa para 24%.

No geral, 48% dos agentes do mercado financeiro consideraram que as medidas apresentadas por Haddad no pacote de corte de gastos são “nada satisfatórias”. Outros 42% consideraram “pouco satisfatórias”, e ninguém as considerou “muito satisfatórias”.

Apesar disso, 88% disseram que “as medidas de pente fino sugeridas pela Fazenda até aqui são favoráveis ao cumprimento da regra de gasto do arcabouço fiscal”.

A maioria (53%) disse que não vai deixar de alocar recursos em títulos públicos brasileiros, mas 67% pretendem aumentar a carteira de ativos alocados no exterior.

Com relação ao novo arcabouço fiscal, 58% afirmaram que ele não tem “nenhuma credibilidade”, 42%, que tem “pouca credibilidade”, e ninguém disse que a regra tem “muita credibilidade”.

Para 37%, a regra só é sustentável até o ano que vem, e, para outros 34%, apenas até 2026, nos moldes atuais.

Gostou deste artigo?

Facebook
Twitter
Linkedin
WhatsApp

© COPYRIGHT O ACRE AGORA.COM – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. SITE DESENVOLVIDO POR R&D – DESIGN GRÁFICO E WEB