Um relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgado essa semana aponta que uma área de aproximadamente 4,6 milhões de hectares, do tamanho de países como a Holanda, está sendo ocupada aos poucos por posseiros no Acre.
“A área de terras públicas sem destinação oficial é formada majoritariamente por floresta nativa e tem sido alvo da invasão de grileiros”, destaca o Conselho.
O estudo identificou que 28% do território do estado não possui definição fundiária ou informação oficial disponível, sendo que 69% dela é de responsabilidade da União, e 31% são responsabilidade do Estado.
Sem destinação específica, elas acabam sendo alvo de grileiros que querem usar as terras para plantação soja ou como pasto. As terras podem incluir partes de cinco territórios indígenas em processo de identificação.
“Entre 2019 e 2022, o estado teve 312 mil hectares desmatados, segundo dados do Prodes/Inpe – 133% a mais do que nos quatro anos anteriores”, destaca o relatório.