O Índice de Preços ao Produtor ( IPP ), conhecido como a inflação da indústria, registrou alta de 5,22% em fevereiro deste ano – a maior da séria histórica registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), que teve início em 2014. Em janeiro o indicador já havia subido 3,55%, e agora marcou o segundo recorde seguido.
O salto significou a nona alta mensal seguida no indicador, o acumulado de 12 meses alcançou 28,58% . Só no primeiro bimestre de 2021 a alta é de 8,95%.
O IPP mede a variação dos preços na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos ou frete. O indicados alcança bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
Uma das explicações para o salto recorde é a alta do dólar, que encarece toda a cadeia produtiva. Além disso, a alta dos commodities minerais, como óleo bruto de petróleo e minério de ferro também estão subindo.
De acordo com a pesquisa, a alta reflete, principalmente, a elevação de preços das indústrias extrativas (27,91%), de refino de petróleo e produtos de álcool (12,12%), de outros produtos químicos (9,69%) e de metalurgia (8,35%).