O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires, afirmou que a Operação Suçuarana, em andamento no Acre desde o início do mês, não tem como alvo pequenos produtores ou famílias tradicionais da floresta. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele explicou que a ação está concentrada em apenas duas áreas específicas dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes.

Segundo Mauro, essas áreas estão sendo desocupadas após um longo processo de notificações. Uma delas recebeu o primeiro aviso para retirada do gado em 2015 e a outra em 2016.

“São casos antigos, com várias tentativas de solução voluntária. Não é algo feito de forma abrupta”, destacou.

Ele também reforçou que os ocupantes dessas terras não fazem parte das comunidades extrativistas tradicionais da reserva, mas chegaram depois, ocupando ilegalmente os espaços.

“A reserva existe há 35 anos e abriga famílias que vivem do extrativismo há gerações. O nosso papel é proteger esses moradores e conservar a floresta”, explicou.

De acordo com o presidente do ICMBio, a Resex permite atividades como a pequena agricultura e até a criação de gado em escala familiar. O foco da operação, segundo ele, está nos casos graves de desmatamento que não respeitam os limites e as regras da unidade de conservação.

Mauro também ressaltou que há decisões judiciais favoráveis ao ICMBio determinando a retirada do gado e a desocupação das áreas envolvidas na operação.

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