O episódio sobre o brutal assassinato do jovem Adriano Barros Cataiana, de 15 anos, finalmente teve um desfecho. Natanael Silva Oliveira, acusado pelo crime, foi sentenciado a uma pena de 23 anos e três meses de prisão.
O crime ocorreu em julho do ano passado dentro de um ônibus no bairro Tancredo Neves, em Rio Branco, enquanto a vítima seguia para a escola.
A sentença foi dada nesta quarta-feira (6) na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca, durante um julgamento que ecoou a dor de uma família e a indignação da comunidade. O júri popular considerou Natanael culpado por homicídio qualificado, motivado por razões torpes e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A sentença determina que ele não tem o direito de recorrer em liberdade.
Natanael Oliveira foi detido apenas dois dias após o crime e foi formalmente acusado em setembro do mesmo ano. Em fevereiro deste ano, o juiz de Direito Alesson Braz negou um pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa, mantendo o acusado sob custódia.
Segundo as investigações, o crime foi impulsionado por motivos de vingança. Oliveira admitiu ter cometido o ato brutal após um relacionamento conturbado com a mãe da vítima. Após o término do relacionamento, ele deixou a cidade e foi viver em um local isolado.
Em seu depoimento, Natanael alegou que o adolescente o ameaçava de morte repetidamente. No dia do crime, ao encontrar a vítima por acaso no ônibus, disparou um tiro pelas costas, atingindo fatalmente o jovem.
O processo revela que Natanael mantivera um relacionamento com a mãe de Adriano por sete meses. Após o término, ele passou a ameaçá-la, chegando até mesmo a tentar matá-la em uma ocasião. O filho tentou protegê-la durante uma das agressões. Em seu testemunho, a mãe relata que Natanael enviava mensagens ameaçadoras, prometendo atingir aquilo que mais a machucava.
