O governador Gladson Cameli (PP) decidiu montar um gabinete de crise para discutir e tomar medidas em relação aos prejuízos causados por bloqueios na BR-364. Embora as obstruções não sejam no Acre, elas impedem o acesso de mercadorias ao estado, uma vez que o único acesso terrestre ao resto do país é pela rodovia.

O decreto com a criação do grupo foi publicado na edição desta quarta-feira (23) no Diário Oficial do Estado (DOE) e tem validade de 15 dias.

De acordo com o decreto, o gabinete será coordenado pela Casa Civil e será composto por membros da Associação Comercial (Acisa), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e pelas Secretarias de Segurança Pública (Sejusp), Saúde (Sesacre), Fazenda (Sefaz) e Planejamento (Seplag).

O gabinete de crise irá monitorar, mobilizar e coordenar as atividades dos órgãos públicos estaduais para adoção de medidas necessárias ou úteis à amenização dos agravos causados pelo bloqueio. O gabinete ficará responsável ainda por toda a discussão e adoção de providências relacionadas aos prejuízos, concretos ou potenciais, decorrentes da obstrução da rodovia de acesso ao Estado do Acre.

No final da tarde dessa terça-feira (22), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que havia desbloqueado todos os pontos em Rondônia e que as cargas paradas na estrada começavam a ser enviadas ao Acre. Porém, segundo relatos de testemunhas, novos bloqueios começaram a se formar nesta quarta-feira (23).

Essas manifestações ilegais já causam desabastecimento e transtornos no mercado acreano, com falta de alimentos perecíveis, combustíveis, cerveja e cimento. O risco da falta de combustível ocasionou grandes filas nos postos de combustíveis da capital Rio Branco.