A justiça de Goiás decretou nesta quarta-feira (22) a prisão do tenente da Polícia Militar Gilberto Borges da Costa. O pedido partiu do Ministério Público de Goiás (MPGO), que denunciou cinco policiais militares por prática do crime de tortura contra o advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior.  

Robert Wagner Gonçalves de Menezes (cabo) e os soldados Idelfonso Malvino Filho, Diogenys Debran Siqueira e Wisley Liberal Campos foram afastados de suas funções de policiamento ostensivo. Eles devem ser alocados para atividades administrativas. Os quatro tiveram o porte de armas suspenso e o armamento recolhido. As informações são do jornal O Hoje.

A agressão ao advogado ocorreu no dia 21 de julho deste ano, em frente ao Centro Comercial Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, em Goiânia. Segundo a ação do MP, os policiais abordaram um cuidador de carros por volta das 11h, que se envolveu em uma discussão com o tenente.

Gilberto acertou-o com tapas no rosto e se dirigiu ao centro comercial, perguntando quem teria interferido na sua abordagem. Orcélio Ferreira Silvério, administrador do estabelecimento, tentou conversar com o militar, mas recebeu tapas e socos enquanto era revistado.

Filho do administrador, o advogado Orcélio Ferreira Júnior foi chamado ao local por testemunhas e começou a gravar com o celular o espancamento.

Para impedir as imagens, os policiais o agrediram com socos no rosto. A vítima chegou desmaiar e acordar com os soldados Diogenys e Wisley segurando seus braços para que o tenente pudesse bater nele.