Gladson e sua medida de toque de recolher: “É a política, estúpido!”

Preâmbulo

O anúncio de toque de recolher, feito pelo governador Gladson Cameli nesta sexta-feira (22), é sem dúvida a medida mais desesperada para conter o avanço da pandemia. Certo ou não, o fato é que as pessoas, em geral, descuidaram das normas de prevenção contra o coronavírus. E o resultado pode ser conferido nos registros de infectados e mortos pela doença nas últimas semanas.  

Veja só!

Que o governo tem feito a sua parte, não resta dúvida. Mas as recentes denúncias contra a situação do setor de traumatologia do estado levam a crer que a saúde pública só tem olhos para a Covid-19.

Questão de ordem

Quanto à postura de Gladson, ela é por demais questionável. Pelo simples fato de o governador dos acreanos ter esbanjado falta de bom senso durante as eleições do ano passado. Ou alguém aí esqueceu as inúmeras vezes que ele frequentou os eventos de campanha, cercado por dezenas de pessoas, a transitar entre elas sem máscara e a distribuir abraços e beijos sem qualquer receio?

Remember

Pra quem não se lembra das muitas incursões de Gladson no período, eis aí abaixo uma imagem que remonta ao dia em que declarou apoio à reeleição do prefeito petista de Mâncio Lima, Isaac Lima.

Foto: reprodução

Comportamento irresponsável

O ponto a que pretendo chegar é cristalino: ao tempo em que vende a imagem de governante preocupado com a saúde coletiva, Cameli agiu, no período eleitoral, como se tivesse o poder de suspender a pandemia por decreto.   

É cada uma!

Mas o mais intrigante é que seu comportamento em campanha tenha sido tão bem tolerado pelos mesmíssimos patrulheiros que crucificaram a fala de Bocalom sobre todos contrairmos essa maldita doença. Como bem diz a máxima, “É a política, estúpido!”.

Promissor

Pecuarista Nenê Junqueira, representante do Sindcarnes, já colocou o nome para a disputa do ano que vem à Assembleia Legislativa do Acre. Virá forte, com apoio dos fazendeiros.

Foto: reprodução

Sonho de consumo  

A pretensa candidatura a deputado estadual de Nenê Junqueira, inclusive, já começa a ser disputada pelos partidos nos bastidores. O PSL é uma das siglas que sonham em tê-lo em suas fileiras como postulante ao cargo.          

Rota de colisão

Tião Bocalom (PP) está em rota de colisão com o governo estadual. Poucos dias após o prefeito de Rio Branco anunciar o retorno às aulas presenciais para os alunos do quinto ano do ensino fundamental, Gladson veio a púbico falar do toque de recolher.  

Pesos e medidas

A propósito: o toque de recolher vai ser aplicado sobre os membros das facções criminosas com o mesmo rigor que pesará sobre os ombros do cidadão comum?

Trem da alegria

Dias atrás, Gladson vetou a reforma administrativa proposta por ele próprio e aprovada pela Aleac. A conclusão é óbvia: o corte de 300 cargos em comissão fartamente alardeado pela imprensa virou fumaça. O governo, como os anteriores, do PT, seguirá apinhado de aspones.  

Do outro lado do muro

Ex-diretor do Procon no Acre Diego Rodrigues saiu do setor público direto para o privado. Agora é empresário do ramo das distribuidoras de bebidas. Assinalo que foi um excelente gestor.

Foto: reprodução

Desce

A crise sanitária derrubou a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, segundo o Datafolha. A reprovação ao governo voltou a superar sua aprovação. De acordo com o instituto, o presidente é avaliado como ruim ou péssimo por 40% – ante 32% no início de dezembro de 2020.

Desce II

Os que avaliam o governo como ótimo ou bom passaram de 37% para 31% no novo levantamento. Está é a maior queda nominal de aprovação desde o começo do mandato de Bolsonaro.

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