Gladson Cameli, o governador ostentação

Esqueça a imagem dele comendo farinha com banana em cima do palanque. Esqueça a foto em que ele almoça marmita com trabalhadores do Deracre. Esqueça também a cena em que aparece servindo cafezinho a um trabalhador da construção civil e diz: “O meu patrão é você!”.

Leia as 850 páginas do relatório da Polícia Federal que deu ensejo à Operação Ptolomeu para descobrir a verdadeira face do governador do Acre, Gladson Cameli. Ali estão informações de suas movimentações financeiras milionárias, algumas em dinheiro vivo, a destoarem do personagem alegre, dançarino, bonachão.

Gladson não é igual a mim e a você. Afinal, não podemos nos dar ao luxo de gastar 900 mil reais em relógios. Nem pagar a fatura do cartão de crédito de 60 mil reais em espécie – e em alguns casos além do saldo devedor (leia aqui).

Essa informação, a propósito, é relevante. Pagar quantias tão altas em dinheiro vivo é um sinal de que a transação não deve entrar no radar da Receita Federal. Coisa que os ferrenhos defensores de Sua Excelência esquecem de mencionar em seus textos sabujos. Outro detalhe que a turma da boquinha ignora é que, não obstante a sua fortuna, Cameli não abre mão de meia diária sequer.  

Segundo ainda as investigações da PF, Gladson comprou quatro carros de luxo em oito meses. Um carrão a cada 60 dias. Não sei quando foi a última vez que o leitor trocou de veículo, mas o meu é de 2012. E dadas as condições da economia, não tenho como comprar outro tão cedo.

Os aliados haverão de dizer que Gladson sempre foi rico. E que isso seria suficiente para atestar-lhe a honestidade. Balela. Essa gente, no final das contas, não está defendendo o governador, mas os próprios vencimentos. Gente que ganha bem sem ter que dar um prego numa barra de sabão. Parte dessa turma passa o dia nas redes sociais e nos grupos do WhatsApp, já que não há o que fazer em um governo por natureza improdutivo.

Não há obras que alavanquem a economia; não há iniciativas que mitiguem o sofrimento de milhares nas UPAs e hospitais; não há sinais de que esse governo gigantesco (do ponto de vista dos custos dele decorrentes para nós, contribuintes) consiga parir algo além de ratos.

O que há é muita firula, muito blábláblá.

Gladson é pura ostentação com seus Rolex, carros de luxo e os seus caríssimos cartões de crédito.  

Mas haveremos de nos livrar do seu (des)governo.

Outubro é logo ali.

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