Em pronunciamento nesta quinta-feira (11), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) lamentou a aprovação do aborto pelos parlamentares da Argentina, na última semana de 2020. Segundo ele, nenhuma proposta favorável à prática de aborto será aprovada pelo Congresso Nacional.
Segundo Girão, a postura existente no Brasil contrária a esse tema se deve à atuação dos grupos pró-vida, movimento Brasil sem aborto, movimentos de evangélicos, católicos e espíritas.
Na opinião do senador, o PL 5.435/2020, de autoria dele, também pode ajudar a pôr um ponto final na discussão sobre o assunto no país, ao criar o Estatuto da Gestante e resguardar os direitos da gestante e a vida da criança.
— O nosso problema aqui no Brasil é no Supremo Tribunal Federal. E isso a gente precisa resolver com muita pressão, porque ministros do STF querem legislar, com ativismo judicial, sobre esse tema e também sobre drogas.
Girão lembrou ainda que um bebê com onze semanas de gestação já tem os rins e o fígado constituídos, sendo que o tempo é a única diferença entre ele e um adulto. Por isso, o aborto feito nesse período, de acordo com o senador “é o assassinato dessa criança”, alertou.
— Não é só a vida dela que é devastada. A saúde da mãe fica comprometida por toda a vida. Uma pesquisa do The British Journal of Psychiatry, de 2011, mostra que uma mulher que faz aborto, em relação a uma mulher que não faz aborto, tem uma propensão muito maior, de 34%, de ter ansiedade e depressão; 110% a mais de chance de desenvolver o problema de alcoolismo; e 155% a mais de chance de cometer suicídio.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)