Sob a presidência de Jorge Viana, a ApexBrasil protagonizou um dos maiores constrangimentos internacionais recentes ao Brasil. O motivo: a série de mudanças e falhas na execução do Pavilhão Brasileiro na Expo 2025, em Osaka, no Japão, cuja abertura oficial, adiada três vezes, foi remarcada para esta segunda-feira (14). As informações são da revista Veja.

Em 2022, a Apex anunciou o resultado de um concurso público para a construção do pavilhão. O projeto vencedor, do premiado arquiteto Márcio Kogan (MK27) em parceria com o curador Marcello Dantas (Magnetoscópio Offices), chegou a ser destacado em publicações de prestígio internacional. O prédio teria dois andares e cerca de 3 mil metros quadrados, com conceito arrojado e construção independente no modelo Tipo A.

No entanto, em 2023, o plano original foi abandonado sem maiores explicações. A ApexBrasil optou por mudar para o modelo de pavilhão do Tipo X, de dimensões menores e estrutura pré-existente — medida que, segundo Jorge Viana, permitiu “redução significativa de custos”. A mudança resultou na saída dos autores do projeto original.

A nova curadoria foi assumida pela diretora Bia Lessa, que transformou o pavilhão em uma instalação cênica com floresta inflável feita de nylon (inicialmente prevista com sacolas plásticas inflamáveis). O espaço, reduzido a cerca de mil metros quadrados, sofreu ainda um princípio de incêndio no dia 4 de abril, que mobilizou 16 viaturas dos bombeiros de Osaka. Parte do teto e da fiação elétrica foram danificados.

A participação brasileira, que já acumulava atrasos, se tornou a única entre os países participantes com inauguração pendente na abertura oficial do evento. Apesar das justificativas da ApexBrasil e de Bia Lessa, que disse que “a dificuldade foi uma alegria”, o episódio expôs problemas de gestão e planejamento.

Outro ponto que chama atenção é que o Brasil estreia, pela primeira vez, um pavilhão do Tipo X em vez do tradicional pavilhão construído do zero, como ocorreu em exposições anteriores.