Gestão 4.0: a introdução de uma nova tendência de mercado

Após discorrer sobre a Revolução Industrial 4.0, falarei de alguns dados, conceitos, tendências que se desenvolvem, dinâmicas dos processos produtivos e como nos adaptarmos a este novo normal. Em síntese, o termo da Indústria 4.0 engloba uma série de tecnologias que utilizam conceitos de sistemas ciber-físicos, internet das coisas e computação em nuvem. Mas o principal e mais forte atributo deste momento são as fábricas inteligentes, que criam uma cooperação mútua entre seres humanos e robôs.

A Indústria da Gestão 4.0 ainda é desconhecida pela maioria das organizações. Uma pesquisa da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), de 2018, mostra que 32% das empresas brasileiras nunca tiveram contato com o tema. Em outra mais recente, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2020, mostrou-se o avanço de 54% na adoção de uma e três tecnologias digitais nos empreendimentos. Eles registraram um lucro igual ou superior ao obtido no período pré-pandemia.

A pesquisa da CNI também mostra um aumento de sete pontos percentuais na margem de lucro dos empreendimentos, índice bem maior que o registrado pela Indústria Analógica ou 3.0. No contexto de restrições das interações pessoais trazidas pela Covid-19, não teria melhor momento para adoção de robôs no processo de produção, principalmente nos locais em que a Gestão 4.0 já é comum. Dessa forma, se torna inimaginável realizar qualquer tipo de atividade sem o uso dessas novas tecnologias.

No Brasil, se faz urgente investimentos em tecnologia e pesquisas para fomentar a Indústria 4.0 para mudar o presente e construir o futuro do nosso mercado emergente, que terá maior potencial para se consolidar. Encarar o novo é nossa especialidade. Isso porque as diversas adaptações feitas pela necessidade de afastar trabalhadores e manter o distanciamento social nas fábricas ou escritórios levou muitas empresas a transformar a necessidade em oportunidade competitiva com diversas inovações.

Os novos modelos de gestão mantiveram um ritmo de produção com grande diferencial competitivo. Essas adaptações consolidam tendências como home-office e o paperless – substituição de documentos físicos por digitais. Startups de soluções automatizadas para desburocratizar atividades rotineiras em diversos segmentos também ganharam grande espaço no mercado durante o último ano. Com a chegada da internet 5G, a automatização das indústrias certamente chegará a um novo patamar.

Demos um salto importante, mas esse é apenas o primeiro passo de uma longa maratona. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) mostra que menos de 0,2% das nossas indústrias estão prontas para o modelo 4.0. Já em economias avançadas como China, Estados Unidos e União Europeia, estima-se que 50% dos empreendimentos destes locais estejam prontos para o avanço. Em outros países como a Índia (emergente) e Paquistão, a estimativa é de que 25% do mercado esteja apto.

Mesmo subindo quatro posições no Índice Global de Inovação (IGI) entre 2019 e 2020, o Brasil ainda ocupa a 62ª posição do ranking com uma adesão baixa à Indústria 4.0. Estamos atrás nessa corrida que está apenas começando. Mas as expectativas são grandes e a adoção dessas facilidades se manterá em crescimento no pós-pandemia. Porém, para implantar o modelo é preciso entender o que ele significa, suas vantagens e desvantagens, além de entender seus conceitos, princípios, fatores e vários modelos.

Assim, ficará mais fácil compreender como esse método pode ser aplicado em um empreendimento moderno, algo que será abordado nos próximos artigos.

Sou Jebert Nascimento, empresário, advogado, administrador e contador acreano

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