Uma confusão envolvendo as famílias da deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos) e do deputado estadual Manoel Moraes (Progressistas) veio à tona em Rio Branco. Em meio à polêmica, acusações graves foram feitas pela missionária contra seu genro, Cristian Moraes, filho de Manoel.
O caso envolve ainda a presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Gabriela Câmara, filha de Antônia Lúcia. A deputada chegou a acusar o genro de abuso sexual de menores, incluindo suas próprias netas e fez uma postagem acusando Manoel Moraes de tê-la ameaçado e estar “defendendo pedófilo”.
Em resposta, Moraes, que é líder do governo Gladson Cameli na Assembleia Legislativa (Aleac), disse que “as acusações são resultado de uma longa disputa familiar entre Antônia Lúcia e sua filha Gabriela Câmara, motivada pela tentativa obsessiva da deputada de obter a guarda das filhas de Gabriela”, ainda segundo ele, a briga envolvendo mãe e filha já incluiu diversos artifícios que teriam sido usados pela deputada para “alcançar seu objetivo de ficar com a guarda das crianças”.
A defesa de Moraes foi reforçada pela própria filha de Antônia Lúcia. Gabriela usou as redes sociais nesta quinta-feira (7), usando uma foto ao lado do esposo e das filhas, e na qual acusa a mãe de sequestro:
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“A vítima de toda essa história sou eu: Gabriela Câmara. Minhas filhas foram sequestradas e estão em cárcere privado. Nesta quinta-feira, fui surpreendida com diversas matérias absurdas envolvendo o meu nome, do meu marido, do meu sogro, da minha mãe e das minhas filhas”, escreveu.
Gabriela criticou ainda os ataques feitos pela mãe nas redes sociais:
“Faz 08 meses que estamos sofrendo esses ataques impiedosos. Evitei me manifestar publicamente, porque os ataques partiram de minha mãe, deputada federal Antônia Lúcia, com objetivo de atingir à minha atividade pública e o Governo a que eu estou servindo com imensa honra, referente a sua mais importante política pública de Regularização Fundiária, garantindo justiça social”.
A presidente do Iteracre diz ainda que está impossibilidade de ver as filhas e que a mãe faz uso de “elevadas doses de medicamentos psicotrópicos”, o que poderia ter contribuído para a exposição dela do caso:
“Não queria expor a intimidade da minha família, mesmo porque sei dos problemas psicológicos de quem nos ataca. Essa situação parte de uma pessoa desequilibrada que faz o uso de elevadas doses de medicamentos psicotrópicos. Em verdade, toda essa história fantasiosa busca esconder apenas uma situação, o sequestro de minhas filhas”.
Gabriela defendeu, ainda, a inocência de seu marido Cristian perante a acusação exposta por Antônia Lúcia:
“Somos vítimas, Cristian é inocente, tudo isso está acontecendo somente pelo fato de acreditar e contribuir em um projeto político de um grupo que não é da preferência da deputada federal Antônia Lúcia. A legítima titular da Guarda de minhas filhas, por sentença judicial. É unilateralmente minha. Por tanto elas foram sequestrada”, disse, finalizando que está tomando as medidas judiciais necessárias.