Pesquisadores encontraram um fóssil raro de tartaruga gigante às margens do Rio Acre, no município de Assis Brasil, região de fronteira com o Peru. A descoberta foi feita por uma equipe da Iniciativa Amazônia+10, formada por cientistas do Acre e de São Paulo.
O fóssil pertence à espécie Stupendemys geographicus, que viveu na Amazônia há cerca de 13 milhões de anos, durante o período Mioceno. Considerada a maior tartaruga de água doce já registrada, essa espécie podia alcançar mais de 3 metros de comprimento.
O achado ocorreu na comunidade Boca dos Patos, dentro da Terra Indígena Cabeceira do Rio Acre. A equipe chegou ao local na última semana e já levou o material para um acampamento montado na região. A expectativa é transportar o fóssil para a Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.
De acordo com o professor e coordenador do grupo, Carlos D’Apolito Júnior, o fóssil está em ótimo estado de conservação.
“Nunca vimos um exemplar assim, tão grande e bem preservado. É uma peça importante para entender os animais que viveram aqui no passado”, afirmou.
Com o rio em nível baixo nesta época do ano, o trajeto até a área de escavação pode levar até cinco horas, somando trechos de barco e carro. A equipe ainda fará a medição e pesagem do fóssil nos próximos dias.