O ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que, apesar da saída dos três comandantes do Exército nesta terça-feira (30) , não há risco de os militares embarcarem em uma “aventura antidemocrática”.
“Não há possibilidade de cogitar-se em um engajamento das Forças Armadas ao governo, passando o Exército, a Marinha e a Aeronáutica a serem Forças Armadas do governo, e não do Estado. Não há essa possibilidade. Conheço bem a cabeça dos militares”, disse à coluna de Josias de Souza , do UOL .
Marco Aurélio, q ue se aposentará em julho deste ano —deixando uma vaga em aberto no STF— era próximo do ex-ministro da Defesa exonerado nesta segunda-feira (30), Fernando Azevedo e Silva , além de já ter mostrado admiração pelo comandante Edson Pujol.
Segundo o ministro, mesmo que Bolsonaro esteja disposto a radicalizar seu discurso antidemocrático e tenha trocado Azevedo e Silva por Braga Netto no Ministério da Defesa por esse motivo, as Forças Armadas não se juntaria ao presidente em sua jornada contra as instituições.
“Tenho crença nas Forças Armadas como cidadão, como ex-integrante da Escola Superior de Guerra e também como integrante do Supremo. Acredito que a democracia brasileira veio para ficar.”, disse.