Estudo aponta principais fatores de risco para qualquer tipo de câncer

Estudo foi conduzido por pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer (ACS) e recém-publicado na revista científica Cancer
Louis Reed / Unsplash

Estudo foi conduzido por pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer (ACS) e recém-publicado na revista científica Cancer

Há uma série de fatores que podem influenciar o desenvolvimento de um câncer , como histórico familiar, uma rotina ou não de exercícios físicos, doenças associadas, alimentação, entre outros hábitos que impactam diretamente na saúde e podem favorecer o “erro” na mutação das células que as tornam cancerígenas. No entanto, uma ampla análise de quase meio milhão de americanos durante um período de cinco anos apontou os dois principais aspectos que levam sozinhos a um maior risco para o surgimento de todos os tipos de tumores: a idade e o tabagismo.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer (ACS) e recém-publicado na revista científica Cancer. Foram analisados dados de 429.991 pessoas nos Estados Unidos sem histórico de câncer. Ao fim do período de monitoramento, 15.226 participantes haviam sido diagnosticados com algum tumor invasivo.

Ter mais de 50 anos foi sozinho associado a um aumento de mais de 2% na incidência da doença durante apenas cinco anos. Para os com idade inferior, ser fumante ou ter largado o tabagismo há menos de 30 anos também elevou individualmente o risco para o diagnóstico na mesma intensidade.

Outros hábitos e comportamentos que influenciaram o surgimento da doença, porém de forma menor quando avaliados individualmente, em homens foram o consumo de álcool; o consumo de carne vermelha; a inatividade física e o histórico familiar. Entre mulheres, foram principalmente índice de massa corporal (IMC) elevado,  diabetes tipo 2, histerectomia, hipertensão, laqueadura e também inatividade física e histórico familiar.

Os responsáveis pelo estudo destacam que, embora a idade e o tabagismo tenham sido os mais capazes de elevar sozinhos o risco para o câncer, quando diversos fatores foram associados, como ter mais de 50 anos, ser fumante e histórico familiar, as chances de desenvolver o quadro podem chegar a ser quase 30% maiores em cinco anos.

“O risco absoluto de desenvolver qualquer câncer dentro de cinco anos foi igual ou superior a 2%, independentemente do perfil do fator de risco para quase todos os homens e mulheres com 50 anos ou mais (…) Depois da idade, o fator de risco mais importante para desenvolver qualquer câncer em cinco anos foi o histórico de tabagismo. (Porém) o risco foi tão alto quanto 29% nos homens e 25% nas mulheres para alguns perfis de fatores de risco nas idades mais avançadas”, escrevem os pesquisadores.

Eles defendem que os achados podem influenciar em recomendações para quem deve realizar os chamados exames de rastreamento, indicados como rotina para determinados grupos, que buscam identificar o quadro em estágios precoces. É o caso, por exemplo, da mamografia, que deve ser feita a cada dois anos por mulheres acima de 50 anos, segundo o Ministério da Saúde, devido ao maior risco para câncer de mama.

“As recomendações de rastreamento para um único tipo de  câncer são baseadas em fatores de risco para esse tipo específico de câncer. Nossas descobertas são encorajadoras, pois estamos trabalhando para definir subgrupos na população em geral que poderiam se beneficiar de uma melhor triagem e prevenção do câncer”, afirma o vice-presidente sênior de ciência populacional da Sociedade Americana do Câncer, e principal autor do estudo, Alpa Patel, em comunicado.

Além disso, ele explica que, conforme a ciência avança na criação de novos testes, que podem identificar diversos tipos de câncer ao mesmo tempo, essa identificação do maior risco não para um diagnóstico específico, mas para todos os quadros, se torna ainda mais importante.

“À medida que consideramos a possibilidade de que testes futuros possam identificar vários tipos de câncer, precisamos começar a entender quem está em maior risco de desenvolver qualquer tipo de câncer. Esses tipos de dados não estão amplamente disponíveis, mas são necessários para informar futuras opções de triagem, como testes de detecção precoce de vários cânceres baseados no sangue que podem ajudar a salvar vidas”, complementa Patel.

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Fonte: IG SAÚDE

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