O empresário Jebert Nascimento é o típico “acreano do pé rachado”. E se orgulha disso. Em pouco mais de uma hora de entrevista ao oacreagora, onde falou sobre a infância difícil, como conseguiu se transformar em um empresário de sucesso, família, terceirização e política, seus olhos brilhavam toda vez que falava sobre o amor que sente pelo Acre.

Jebert, nos conte como foi a sua infância?

Sou acreano, de Rio Branco, nasci no Aviário e aos 6 anos de idade fui morar no conjunto Bela Vista, na Floresta, em uma casinha dada pelo governo. Minha mãe era funcionária pública e meu pai mecânico. Sempre estudei em colégio público, brincava muito na rua e comecei a trabalhar bem cedo, aos 7 anos de idade. Minha infância era dividida entre estudo, brincadeira de rua e trabalho. Vendia picolé, refresco… tinha uma oficina de lanternagem perto de casa, eu ia lá lixar os carros. Eu sempre fui muito ativo.

Como esse menino que trabalhava para ajudar em casa, se transformou em um empresário de Sucesso?

Eu sempre tive muita vontade de viver, de fazer acontecer. Na minha vida e na da minha família. Tenho essa motivação desde adolescente, de fazer as coisas acontecerem. Eu trabalhei em vários lugares, em lojas, oficinas mecânicas, colocava areia para dentro da casa do vizinho, oficinas de motos, posto de lavar carro, cobrador…. Aos 17 anos comecei a trabalhar em um pequeno escritório de contabilidade, sem muita estrutura. Eu acredito que ali, naquele pequeno escritório, foi onde eu abri os olhos para o mundo dos negócios.

O senhor é a maior referência acreana em empresas de prestação de serviços, tendo aproximadamente dois mil funcionários. Por que você acredita que a terceirização é benéfica para o Estado do Acre e para o Brasil de um modo geral?

Celeridade, especialização e diminuição de custos. A terceirização dá oportunidade, profissionaliza e dá dignidade às pessoas mais carentes. Foi isso que me apaixonou na terceirização.

Qual dica o senhor daria para um adolescente ou jovem que sonha se tornar um empresário de sucesso, como você?

Meu amigo, meta a cara, não desista, que não tem outro caminho que não seja o sucesso.

O senhor ensaiou uma candidatura a prefeito de Rio Branco na eleição passada, o que acabou não acontecendo. Quais são os seus planos políticos daqui para frente, pretende se candidatar ainda ou desistiu da política?

Eu acredito que a política é muito importante. E aqui no Acre a gente vive política 24 horas. Acho que precisamos de pessoas boas na política, não tenho vaidade de querer algum cargo, mas acredito que poderia fazer mais pelas pessoas, contribuir mais com o meu estado e minha cidade. E isso me orgulharia muito como pessoa.