O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (9), que seus governos, somados aos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), realizaram mais obras no Acre do que todos os presidentes da República desde 1988 — “e até mais do que d. Pedro II”. A declaração gerou estranheza, já que o Acre só foi incorporado ao Brasil em 1903, quando a monarquia já havia sido extinta.

Na época, o país vivia o governo de Rodrigues Alves e, por meio do Tratado de Petrópolis, assinado em 17 de novembro de 1903, incorporou o território após negociações conduzidas pelo Barão do Rio Branco. A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, havia deposto d. Pedro II, que morreu dois anos depois, em Paris, antes do Acre fazer parte do Brasil.

Em seu discurso, Lula defendeu os investimentos no Estado como estratégicos. “Afinal de contas, pelo Acre, o Pacífico está mais perto da China do que pelo Atlântico”, disse, ressaltando que o desenvolvimento nacional depende da qualificação e da formação dos Estados.

O presidente também criticou o governo do antecessor Jair Bolsonaro (PL), questionando a entrega de programas habitacionais e a geração de empregos prometidos. “Este País passou quatro anos de mentiras, de instigação do ódio, de fake news, de um presidente que carregou nas costas e vai carregar metade dos mortos da covid”, afirmou.

As declarações foram feitas em Rio Branco, durante o anúncio de R$ 1,1 bilhão em obras e investimentos no Acre.