O governo do presidente Jair Bolsonaro indicou o atual secretário de Energia Elétrica do ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp, para assumir a presidência da estatal Eletrobras (ELET6), informou a pasta em comunicado na madrugada desta quinta-feira (225).
Limp, que também é ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), substituirá Elvira Presta, que assumiu interinamente neste mês o comando da maior elétrica da América Latina.
As mudanças no comando da Eletrobras ocorrem após o ex-presidente da companhia Wilson Ferreira, que assumiu o cargo em 2016, ter renunciado ao posto devido a um convite para liderar a BR Distribuidora (SA:BRDT3).
Ferreira divulgou a renúncia em janeiro, e depois atribuiu o movimento a uma falta de “tração” nos planos do governo para privatização da Eletrobras.
O ex-CEO, no entanto, seguiu com posição no conselho de administração.
Limp foi indicado também para uma vaga no conselho da Eletrobras.
Assim como na Petrobras (SA:PETR4), o estatuto da companhia prevê que o CEO deve ser um dos conselheiros.
O ministério de Minas e Energia disse que a indicação de Limp “reafirma o compromisso do governo na continuidade das ações visando ao aumento da eficiência operacional e ao aprimoramento da estratégia de sustentabilidade da Eletrobras”.
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A pasta também destacou a continuidade do processo para privatização da companhia, atualmente em discussão junto ao Congresso.
Eletrobras
O modelo proposto pelo governo ao Congresso para privatização da Eletrobras (ELET6) foi defendido na quarta-feira (24) pelo secretário especial de Desestatização, Diogo Mac Cord, após notícias de que o relator de medida provisória sobre a operação na Câmara poderia apresentar um novo texto.
Em entrevistas recentes, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) disse que avalia um modelo alternativo para a desestatização que envolveria uma reestruturação de ativos da estatal e a venda integral de três subsidiárias — Eletronorte, Furnas e Chesf.
MP do Governo
A MP do governo prevê a privatização por meio de oferta de novas ações da Eletrobras que reduziria a fatia da União a uma posição minoritária. A companhia se tornaria uma corporação, sem controlador definido. Em troca, haveria um pagamento de outorga de 25 bilhões de reais ao governo, que atribuiria novos e mais vantajosos contratos à empresa.
“É o modelo ideal, ele tende a ser aprovado pelo Congresso, a gente já viu inclusive manifestação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiando, de vários parlamentares apoiando”, disse Mac Cord, durante transmissão ao vivo da Faculdade FISUL.
“A Eletrobras já é uma empresa listada, então fazer um follow-on, uma oferta primária, é algo muito fácil. Ao passo que um spin-off de algumas subsidiárias, ainda mais com a distribuição de ativos e passivos tão complexos como os da holding, isso inviabilizaria isso nesse mandato.”
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